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Durante a Escola de Governo desta terça-feira (23) o governador Roberto Requião comentou a polêmica sobre os investimentos do governo federal no Paraná. Requião atribuiu a Paulo Bernardo, ministro do Planejamento, a falta de recursos da União nessa pasta. Segundo o governador, o Paraná tem feito parcerias com outros setores do governo federal, como saúde e segurança. Apesar disso, foi outra declaração de Requião que causou a indignação do ministro. Requião acusou Paulo Bernardo de tentar superfaturar uma obra de um ramal ferroviário que poderia vir a ser construído no Paraná.

Por esse motivo, o ministro disse que os seus advogados vão assistir novamente as declarações, para depois decidirem se irão processar o governador. "Acho que é ruim a postura do Requião de reunir o governo e utilizar a televisão pública para ficar atacando as pessoas do ponto de vista pessoal", disse o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, em entrevista à rádio CBN.

O ministro rebateu as acusações de Requião sobre o suposto superfaturamento. Paulo Bernardo disse que há cinco anos o governo federal havia apresentado uma proposta ao governo estadual para que a América Latina Logística (ALL) construísse o ramal ferroviário na região de Ponta Grossa e Guarapuava - com o objetivo de melhorar a ligação entre o Leste e o Oeste do estado.

De acordo com o ministro, a intenção da União seria de que a ALL utilizasse recursos próprios e depois o valor fosse descontado do pagamento pela concessão de uso da ferrovia. Na época o valor das obras seria de R$ 500 milhões, segundo os dados apresentados pelo governo federal. Requião questionou o valor, que na sua visão não deveria passar de R$ 150 milhões.

Dessa forma, Paulo Bernardo argumentou que o preço citado por Requião era inviável e que o valor da ferrovia já chegaria a R$ 750 milhões – preço da ferrovia nos dias atuais, corrigindo-se o valor de R$ 500 milhões apresentado há cinco anos.

Já o governador manteve as críticas sobre o ministro e disse que não troca apoio por investimentos. "O que é brigar por recursos? Negociar posições políticas? Trocar apoio por financiamentos? Não agimos assim, nem acredito que essa seja a posição do (presidente Luiz Inácio) Lula (da Silva)", comentou Roberto Requião, em entrevista à Agência Estadual de Notícias, órgão oficial de comunicação do governo do estado.

Recursos

O prefeito Beto Richa também reclamou dos investimentos do governo federal. Após o discurso proferido na segunda-feira (22) na Câmara Municipal sobre os cinco anos de sua gestão, Richa afirmou que Curitiba e o Paraná não receberam da União investimentos compatíveis com a contribuição dada ao país.

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