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Pensando em inaugurar o maior número de obras possíveis até o dia 30, o governador Roberto Requião pediu que o nome dele não fosse homologado como candidato à reeleição na convenção estadual do PMDB ontem. Caso houvesse a homologação, de acordo com a legislação eleitoral, Requião não poderia, a partir de hoje, discursar durante solenidades oficiais e fazer inaugurações.

"Peço que essa convenção seja de indicação de nomes e não se vote nada, que se faça apenas uma delegação à executiva estadual para a composição das chapas e coligações", disse o governador, contando que há muitos partidos procurando os peemedebistas para fechar alianças. "Temos de examinar as forças para coligar. De nada valeria agora uma disputa que engessasse o partido". O secretário-chefe da Casa Civil, Rafael Iatauro, confirmou a intenção de Requião. "Se ele homologar hoje (ontem) a candidatura, não pode inaugurar mais nada".

Roberto Requião afirmou ainda que vai fazer de tudo para que o senador Osmar Dias (PDT) esteja ao lado dele na campanha, dando a entender que a preferência para uma aliança é para o parlamentar. "Já tive o Osmar comigo em duas campanhas e seria um prazer tê-lo nessa terceira, em nosso palaque", disse o governador, lembrando que está rediscutindo o programa para a agricultura e gostaria da participação do senador.

As declarações do governador atiçaram ainda mais a disputa para a eleição ao governo do Paraná. O diretório nacional do PSDB exige que haja um palanque para o candidato à presidência da República, Geraldo Alckmin, no estado. Ato que Requião não está disposto a admitir. "Houve uma decisão do diretório nacional do PMDB de que não estaria junto a partido algum no plano nacional. No Paraná, portanto, decidimos que não nos envolveríamos com a nacional e que, em um primeiro turno, não haveria palanque para candidatos a presidente", garantiu o vice-governador Orlando Pessuti.

O governador explicou que está esperando para analisar programas de governo. "Quero ver quem vai me dizer o que a respeito da Copel, da Sanepar, do pedágio, da situação do Itaú. Estou pensando na defesa dos interesses do Brasil e do Paraná". Requião, no entanto, fez duras críticas à política adotada pelos governos estadual e federal anteriores, do PFL e PSDB. "Não aceitamos o aumento de impostos dos últimos governos. Não vamos enriquecer os banqueiros. Não admitimos a vertente tola do neoliberalismo".

Após a convenção peemedebista de ontem, portanto, nada ficou decidido. O candidatos a vice-governador e ao Senado deverão ser definidos de acordo com as alianças acertadas esta semana. A única definição do governador foi quanto ao fato de se negar legenda ao ex-deputado federal José Borba, envolvido no escândalo do mensalão. "Espero que por todas as circunstâncias, o José Borba não tenha legenda".

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