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O governador Roberto Requião (PMDB) adotou um discurso de despedida no início da Escola de Governo, na manhã desta terça-feira (30), no Museu Oscar Niemeyer. Requião se afasta do governo na quinta-feira (1.º), para disputar uma vaga ao Senado. "Como é do conhecimento de vocês, a legislação me leva a deixar o cargo para disputar as eleições. Sob o meu comando essa é a última sessão da Escola de Governo", afirmou Requião.

O governador disse que o programa, transmitido ao vivo todas as terças-feiras pela manhã pela TV Paraná Educativa, serviu para homogeneizar a visão do governo do Paraná. "Isso irritou muita gente, um membro do Ministério Público Federal (MPF) pediu reiteradamente para tirar o programa do ar", disse Requião.

Na semana passada o MPF fez outro pedido de suspensão do programa, alegando que Requião faz uso político da tevê para atacar desafetos. O MPF fez o pedido com base na representação feita pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, que foi atacado pelo governador durante programas da Escola de Governo.

Na manhã desta terça Requião afirmou que irá encaminhar durante a tarde uma representação ao mesmo MPF pedindo que se investigue o projeto de construção de um ramal ferroviário entre Guarapuava, na região Central do Paraná, e Ipiranga. Requião acusou Paulo Bernardo, ministro do Planejamento, e Bernardo Figueiredo, então assessor da Casa Civil em 2007 e que atualmente é diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), de terem tentado superfaturar a obra.

Sobre a Escola de Governo, Requião afirmou que o programa irá continuar com o comando de Orlando Pessuti (PMDB). "Insistem em tirar a Paraná Educativa do ar, não sei por que isso. Como diz o Ratinho ‘aqui tem café no bule’. O governo do Paraná não se dobrou. A escola vai continuar com Pessuti com o mesmo tom", definiu Requião. Pessuti assume o governo do estado no lugar de Requião e é pré-candidato do PMDB ao governo do estado.

Ao final da "Escolinha", Requião agradeceu aos deputados estaduais pela aprovação do novo mínimo regional e pelo reajuste concedido aos policiais militares. "Sem um salário decente não há desenvolvimento", definiu Requião.

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