• Carregando...

O Ministério Público Federal (MPF) pediu a suspensão do programa "Escola de Governo", apresentado ao vivo todas as terças-feiras pelo governador Roberto Requião (PMDB) na tevê Paraná Educativa, conhecida como "Escolinha do Requião". O pedido foi protocolado na manhã desta quinta-feira (25) na 1.ª Vara de Justiça Federal de Curitiba. A medida talvez nem surta efeito, pois na terça-feira (30) Requião deve comandar a última "escolinha" como governador do estado e ainda não há definição se o programa irá continuar no ar depois dessa data.

O governador deve se afastar do cargo para disputar uma vaga no Senado. Como o pedido do MPF deve ser julgado apenas nas próximas semanas, a decisão pode não ter nenhum sentido prático. O MPF fez o pedido com base na representação feita pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, que foi atacado pelo governador durante programas da Escola de Governo.

Requião acusou o ministro de ter comprado uma rádio e de ter sugerido o superfaturamento do valor de um ramal ferroviário que seria construído na região de Guarapuava. Por causa da atitude do governador, Paulo Bernardo entrou com uma ação civil contra Requião.

Indefinição

Tanto na Rádio e Televisão Educativa do Paraná (RTVE)quanto na assessoria de imprensa do governo estadual ainda não há a definição se a Escola de Governo continuará a ser transmitida após o afastamento de Requião do cargo de governador. A reportagem tentou o contato com o vice-governador, Orlando Pessuti, para comentar o assunto, mas ele estava em reunião em Cascavel (Oeste)na manhã desta quinta-feira. Pessuti será o governador assim que Requião deixar o cargo para concorrer. Pela lei, o vice-governador não precisará se afastar para concorrer ao governo do estado.

Histórico

Essa não é a primeira polêmica do programa Escola de Governo com a Justiça. Requião foi obrigado, pela Justiça Federal, a se abster de utilizar indevidamente a programação da RTVE, sob pena de multa. Já foram aplicadas ao governador quatro multas, cujo valor total é de R$ 850 mil, até agora, por descumprimento dessa decisão judicial.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]