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Senador do PMDB tenta desdenhar de campanha petista | Pedro França/Agência Senado
Senador do PMDB tenta desdenhar de campanha petista| Foto: Pedro França/Agência Senado

Em passagem ontem por Londrina, no norte do Paraná, o senador Roberto Requião, candidato do PMDB ao governo do estado, revelou que pretende polarizar a eleição deste ano com o atual governador, Beto Richa (PSDB), que vai tentar a reeleição. Requião aposta na comparação entre o seus governos e a administração do tucano para chegar pela quarta vez ao Palácio Iguaçu.

"O PT está baleado na asa e o [Beto] Richa achava que, se levasse o PMDB, bateria de cinta no PT e ganharia", disparou Requião ao analisar o cenário eleitoral, fazendo referência à tentativa do a­tual governador de contar com o apoio do PMDB na eleição. O PSDB esperava atrair os peemedebistas para a coligação que vai apoiar a reeleição de Richa, mas por uma diferença de 69 votos na convenção, realizada no fim de junho, os peemdebistas optaram pela candidatura própria no Paraná. A posição do partido era considerada peça-chave para definir o cenário eleitoral no estado e afetou principalmente a candidatura de Richa.

Em sua passagem por Londrina, Requião se defendeu em relação à promessa de reduzir o valor do pedágio — uma promessa das campanhas anteriores. O peemedebista disse que as tarifas durante seu governo só aumentaram por decisão judicial e criticou o sucessor por, segundo ele, suspender as 38 ações movidas durante a sua gestão para questionar os contratos assinados nos anos 1990, durante a administração de Jaime Lerner (1995-2002).

O PSDB acusa Requião de ter feito alterações nos contratos com as concessionárias por meio de "atos secretos" – as medidas não teriam sido divulgadas. O senador rebateu lembrando que essas empresas doaram R$ 2 milhões para a campanha de Richa, em 2010 – a candidata ao governo pelo PT, Gleisi Hoffmann (PT), recebeu R$ 1,3 milhão na mesma campanha, quando foi eleita senadora, e o próprio Requião teria recebido R$ 15 mil.

A deputada federal Rosane Ferreira (PV), candidata a vice na chapa de Requião, confirmou, em Londrina, a estratégia de comparação entre os governos. "Gleisi [Hoffmann, candidata do PT ao governo do estado] vai passar a campanha justificando a demora na concessão dos empréstimos ao Paraná e Beto Richa passará justificando que não fez porque o empréstimo demorou", disse. "A estratégia é mostrar o que [Requião] fez e o que pode fazer."

Requião comentou ainda os problemas financeiros do estado, que começou o ano devendo cerca de R$ 1 bilhão a fornecedores. "O estado não pode ter uma polícia que não tenha gasolina no carro", cutucou o candidato a governador.

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