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Roberto e Maristela Requião ao lado de Richa: governador e prefeito buscam uma reaproximação de olho na disputa  de 2010 | Albari Rosa/ Gazeta do Povo
Roberto e Maristela Requião ao lado de Richa: governador e prefeito buscam uma reaproximação de olho na disputa de 2010| Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo

Perdão

Veja quanto cada prefeitura devia:

Curitiba – R$ 403 milhões

São José dos Pinhais – R$ 241,7 milhões

Londrina – R$ 127 milhões

Fazenda Rio Grande – R$ 55,8 milhões

Campo Largo – R$ 36,6 milhões

Piên – R$ 18,4 milhões

Araucária – R$ 11 milhões

Maringá – R$ 4,5 milhões

As eleições de 2010 e uma possível aliança entre PSDB e PMDB parecem estar reaproximando o governador Roberto Requião do prefeito de Curitiba, Beto Richa. Prova disso foi o convite feito pelo chefe da Casa Civil, Rafael Iatauro – com o aval do governador –, para que o tucano participe na próxima terça-feira da Escola de Governo – reunião semanal que Requião tem com o seu secretariado. O prefeito diz estar pensando se irá.

Richa, assim como os prefeitos de Londrina, São José dos Pinhais, Araucária, Maringá, Campo Largo, Fazenda Rio Grande e Piên, foram convidados para participar da assinatura da anistia de dívidas que os seus municípios tinham com o estado. No caso de Curitiba, o débito era de R$ 403 milhões, contraídos há mais de 30 anos na im­­plantação da Cidade In­­dustrial de Curitiba (CIC). A dívida foi perdoada por Requião há dois meses, mas era justamente ela que impedia desde outubro de 2006 que a administração municipal tivesse acesso aos recursos do Fundo de Desen­­volvimento Urbano (FDU), mantido pelo governo estadual.

Contrariado com a aliança firmada entre Richa e o senador Osmar Dias (PDT) na disputa pelo governo do estado, Requião decidiu bloquear o repasse de verbas disponíveis ao município por meio do FDU. A justificativa era de que a capital não teria pago, como avalista, a dívida de R$ 403 milhões.

Com a anistia, o prefeito articulou a base de vereadores na Câmara Municipal e, nesta semana, conseguiu a autorização para que o município solicite um empréstimo de R$ 58 mi­­lhões na Agência de Fomento do Paraná, instituição ligada ao governo do estado.

Serra

Outro sinal de aproximação entre tucanos e peemedebistas foi durante a última visita do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), a Curitiba. Na oportunidade, o deputado estadual Luiz Cláudio Romanelli, líder do governo na Assembleia Le­­gislativa, estava na van que levou a comitiva do PSDB do aeroporto até o local do encontro tucano.

Na Assembleia, parte dos deputados do PMDB já não esconde a preferência pela candidatura de Richa ao governo. "Temos de pensar na nossa reeleição, nos nossos mandatos. Temos de estar ao lado do candidato que puxe votos para gente", analisou um parlamentar da legenda. Outra ala do partido, que inclui também o governador, permanece comprometida com a candidatura de Orlando Pessuti ao governo. O discurso de Requião é pelo apoio irrestrito ao Pessuti, mas na prática, as ações mostram uma reaproximação com Richa.

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