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Requião rejeita política econômica elaborada pelo PMDB: ‘nem FHC faria igual’

Senador Roberto Requião adotou um discurso duro contra a política pensada pelo PMDB para a economia. | Pedro Serapio/Gazeta do Povo
Senador Roberto Requião adotou um discurso duro contra a política pensada pelo PMDB para a economia. (Foto: Pedro Serapio/Gazeta do Povo)

Em evento tido como o primeiro passo para a ruptura do PMDB com o PT, o congresso da Fundação Ulysses Guimarães, centro de estudos do partido, tornou-se palanque nesta terça-feira (17) de discursos favoráveis ao desembarque imediato do partido da gestão Dilma Rousseff e contrários ao programa econômico lançado pelo vice-presidente Michel Temer.

Apesar da tentativa do vice-presidente em conter as críticas contra o programa “Uma Ponte para o Futuro”, que propõe medidas econômicas contrárias às adotadas pelo governo federal, o documento partidário sofreu ataques de peemedebistas.

Em discurso duro, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) disse que rejeita de forma “completa” e “absoluta” as medidas econômicas e afirmou que, pelo teor conservador, documento não seria redigido nem pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso nem pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

“O documento é submisso a uma política global de dominação e a precarização do estado e do trabalho. Esse documento não representa o PMDB”, disse. “É um documento pior do que as piores posições do Levy e do PSDB”, acrescentou.

Na abertura do congresso, o presidente da Fundação Ulysses Guimarães, Moeira Franco, tentou amenizar as críticas ao documento e ressaltou que ele não é definitivo e que sofrerá alterações até a convenção nacional do PMDB, em março.

Estatuto

Requião fez também uma defesa dura do atual estatuto e disse que rejeita qualquer alteração no texto, uma das medidas que serão propostas pelo congresso. “Não aceitamos de forma alguma mudança de estatuto”, afirmou, dizendo que todas as discussões de hoje querem criar um documento “que já existe”.

Já o deputado estadual Requião Filho (PMDB-PR) fez uma questão de ordem afirmando que o congresso não deveria ser o momento para discutir o estatuto. “Se possível, vamos deixar essa discussão do estatuto para os estados”, disse.

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