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O presidente Lula conversa com o governador Requião, tendo ao lado o ministro Paulo Bernardo: aproximação de olho na eleição de 2010 | Roberto Custódio/Jornal de Londrina
O presidente Lula conversa com o governador Requião, tendo ao lado o ministro Paulo Bernardo: aproximação de olho na eleição de 2010| Foto: Roberto Custódio/Jornal de Londrina

Alternância de poder é importante, diz o presidente

Londrina - Agência Estado

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a declarar ontem que não deseja um terceiro mandato. Lula defendeu a alternância de poder e disse torcer para que os eleitores escolham alguém melhor do que ele para a Presidência em 2010. "Eu não quero o terceiro mandato por uma coisa muito simples: eu tenho dito que a gente não pode brincar com a democracia", disse o presidente ao responder sobre a hipótese de uma nova candidatura. "Eu acho que a alternância de poder é importante porque vai permitindo ao povo, cada vez mais, escolher alguém. E eu sempre vou torcer para que as pessoas escolham alguém melhor do que eu (...), alguém que possa fazer avançar aquilo que nós começamos a fazer em 2003."

Lula também afirmou que, após seu segundo mandato, pretende seguir na política. "(Vou fazer) o que eu fazia antes, com mais experiência. Eu pretendo continuar trabalhando, fazendo política."

Londrina - Depois de flertar com o PSDB de José Serra e Alvaro Dias, o governador Roberto Requião (PMDB) fez ontem, em Londrina, um discurso de reaproximação com o PT. Pegando carona na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que visitou a região para lançar o Plano Agrícola e Pecuário (leia mais na página 19) e a ligação número 2 milhões do Programa Luz para Todos, Requião criticou as teses neoliberais, normalmente relacionadas aos tucanos. "Não é à toa que Minas Gerais teve regressão de 25%, São Paulo de 20%, outros estados nunca menos que 15%. O Paraná teve 1,4% de regressão em virtude da sua matriz econômica", discursou o peemedebista. Minas é governada por Aécio Neves e São Paulo por José Serra, ambos tucanos. "Com as políticas claríssimas do governo do estado e do governo federal, estamos dizendo não ao neoliberalismo na produção agrícola e pecuária, porque se ficamos ao sabor da visão do neoliberal, teríamos que buscar financiamento das multinacionais que quebraram", completou.

Falando sobre o Código Florestal, Requião deu uma de suas tiradas, dessa vez com o vice-governador, Orlando Pessuti (PMDB) – com uma alfinetada no presidente Lula. "O presidente já disse que não é criminoso quem não obedecer o código. Se eu pensasse diferente, eu punha o vice-governador na cadeia, porque quando funcionário da Emater, ele foi um dos operadores do projeto das várzeas, que era financiado pelo governo federal e tido como a última palavra na evolução da agricultura", declarou o governador.

Coube a Lula fazer o desagravo: "Você (Pessuti) é bem melhor que a análise que o Requião faz de você".

Dilma

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, presidenciável que terá o apoio do presidente Lula, fez um discurso de candidata ontem à tarde, na Sociedade Rural do Paraná (SRP). Ela rebateu as constantes críticas à lentidão na execução do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), dizendo que o país não tinha projetos para investir em infraestrutura. "Disseram que o PAC estava no papel, mas sequer papel existia para que a gente pudesse fazer investimentos", declarou a ministra, que é responsável por gerenciar o programa. "Quem dera que estivesse no papel em 2007. Tivemos que produzir papel, não herdamos projetos e nem uma estrutura de Estado capaz de executá-los", discursou.

Já em tom de campanha, ela acusou o governo quando no comando do PSDB: "Fizeram uma máquina de fiscalização forte e destruíram a máquina que fazia obras e as executava", discursou.

Ela tentou se equilibrar entre ruralistas – público majoritário no evento – e ambientalistas, protagonistas da batalha em torno do novo Código Florestal: "Será sempre possível aumentar a produtividade e ao mesmo tempo respeitar o meio ambiente", declarou.

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