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A resolução 214 do Contran, que prevê que os radares nas estradas sejam sinalizados e fiquem visíveis, permitindo ao motorista reduzir a velocidade para não ser multado, foi duramente criticada, nesta sexta-feira. A nova resolução, que entra em vigor na próxima segunda, vai contribuir para aumentar o número de acidentes e mortes nas estradas, segundo Alberto Rizzotto, coordenador do SOS Estradas - Programa de Segurança nas Estradas.

- Nas estradas e áreas urbanas onde é possível trafegar em maior velocidade, os motoristas vão reduzir a velocidade próximo do radar e ficarão tranqüilos para acelerar depois. É um passaporte para a impunidade. Não precisa ser especialista para perceber isso - afirma Rizzotto.

O Diretor Geral do Denatran, Alfredo Peres, disse que o motorista que for multado após o dia 21, em local que não esteja sinalizado, poderá recorrer da multa que será cancelada. Para Peres cabe ao órgão e aos Detrans cumprirem a resolução. Consultado sobre algum país do mundo, que tenha uma política séria de redução de acidentes, e adote medida semelhante, Peres argumentou que a medida pretende ser educativa e quer evitar que o radar seja apenas fruto de uma fiscalização arrecadatória.

Rizzotto afirma que na Europa e Estados Unidos, onde existe política real de redução de acidentes, em muitas rodovias o motorista sequer sabe que tem radar.

- Ele vê a sinalização do limite de velocidade e respeita, caso contrário poderá ser surpreendido com uma multa ou parado por viatura policial. No nosso entender bastam as placas de limite de velocidade como informação e o motorista não é obrigado a desrespeitar a lei. Quem o fizer deve correr o risco de ser punido.

Na avaliação do SOS Estradas o Governo Federal está implementando uma política de trânsito que preserva o infrator e não estimula o motorista que respeita as normas.

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