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O coronel João Santos, que chefia o trabalho do Corpo de Bombeiros na cratera aberta com o desmoronamento da obra do metrô, em Pinheiros, disse que a retirada da van soterrada no acidente pode demorar até quatro horas. O trabalho dos bombeiros é complicado no local porque acontecem vários deslizamentos de terra. O militar preferiu não falar sobre as vítimas, mas disse que o tempo acaba sendo um 'inimigo' num momento como esse.

- Realmente o tempo é o nosso inimigo e a chuva também. Mas graças a Deus não chove. A esperança é última que morre e estamos trabalhando com a possibilidade de encontrar alguém com vida - disse o coronel.

Santos disse que por causa dessa esperança de encontrar sobreviventes, alguns bombeiros estão trabalhando a mais de 24 horas sem parar.

Os bombeiros trabalham num área de 25 metros de profundidade, numa espécie de funil. Dois bombeiros ficam no túnel e dois na superfície observando se há novos deslizamentos. O coronel santos disse que dois caminhões que ainda estão no local do acidente só serão retirados depois que a van sair. A retirada dos caminhões poderia causar novo desmoronamento. O coronel disse que não há prazo para encontrar as outras vítimas do desabamento, que não estavam na van.

O trabalho dos bombeiros está sendo feito pela superfície. Os homens dizem que ainda estão a cerca de 2 metros da van. Não houve avanço no trabalho na última hora por causa da acomodação da terra. O coronel Santos diz que quer escorar a van e amarrar ao veículo a um cabo de aço. Depois, a idéia é puxá-lo por cima. Ele disse que, se for possível, as vítimas que possivelmente estão dentro do veículo serão retiradas antes do içamento. Mas, se isso não puder ser feito, a van será puxada com as pessoas ainda dentro.

O coronel disse trabalhar com a possibilidade de encontrar alguém com vida porque em alguns casos de acidentes parecidos com o do metrô, formou-se uma espécie de bolsão de ar, o que permitiu que pessoas soterradas sobrevivessem por cinco a dez dias sob escombros.

Estão no local do acidente dez viaturas do Corpo de Bombeiros, trinta homens e dois cães farejadores. O coronel disse que um dos cães farejadores foi levado para Carapicuíba, na grande São Paulo, onde está sendo despejada a terra retirada da cratera. O cão poderá localizar pedaços de corpos que tenham sido decepados durante o desmoronamento.

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