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Duas horas de discussão e nenhum resultado concreto. Esse foi o saldo da primeira reunião da Operação Mãos Limpas fora de Curitiba, realizada na tarde de ontem na Associação Comercial e Industrial de Londrina, com a presença do governador Roberto Requião (PMDB), do secretário de Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, prefeitos várias cidades da região, além de representantes do Ministério Público, Judiciário, Polícias Civil e Militar e entidades de classe.

Representantes dos Conselhos Comunitários de Segurança de todas as regiões da cidade foram barrados no encontro. Segundo Delazari, a reunião foi produtiva porque todos puderam expor as dificuldades enfrentadas na região, na área de segurança pública. "Este foi apenas o primeiro encontro, mas queremos realizar um a cada 30 dias. Discutindo os problemas, podemos chegar a soluções, como ocorreu com a região metropolitana de Curitiba, onde o Mãos Limpas foi responsável por mudanças estruturais que estão sendo feitas em todo estado, como o Projeto Povo", disse.

O secretário explicou que foram feitas reivindicações para questões mais pontuais, como viaturas e efetivo policial. Porém, segundo ele, esta não é a questão principal. "Não é número de policiais que resolve a criminalidade e sim a maior eficiência da polícia", afirmou.

Para ele, a instalação de um novo batalhão da Polícia Militar, na Zona Norte de Londrina, uma das principais reivindicações da comunidade, "é bobagem". "Isso é coisa do passado. Precisamos investir é na capacitação, melhor aparelhagem, na recuperação dos salários dos bons policiais."

O prefeito de Londrina, Nédson Micheleti (PT), avaliou positivamente a reunião e disse que é através de ações conjuntas, dos governos estadual e municipais, que se pode chegar a soluções práticas. "Com mais reuniões do tipo, podemos discutir opções viáveis para Londrina e região."

Revolta

Os representantes dos cinco Conselhos Comunitários de Segurança, barrados na reunião, ficaram revoltados e ameaçaram abdicar coletivamente de seus cargos. Segundo o vice-presidente do conselho da Zona Leste, Jurandir Rosa, nem comunicados oficialmente sobre a reunião foram. "Ficamos sabendo porque a PM nos avisou que haveria este encontro. Agora, como podem discutir segurança sem a nossa presença?", questionou.

Delazari disse que os conselheiros ficaram de fora porque essa seria "uma reunião de convidados, com a participação de técnicos, além de promotores e juízes, e todos aqueles que pensam segurança".

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