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Brasília – O som mais ouvido esta semana no Congresso Nacional foi o da campainha com a qual o presidente da CPI dos Correios, senador Delcídio Amaral, tentava acalmar os ânimos exaltados dos parlamentares na sala da comissão. Na quinta-feira, dia em que não havia depoimentos marcados, estava prevista apenas a votação de requerimentos de convocação para depoimentos e quebras de sigilo bancários de suspeitos. O relator Osmar Serraglio propôs que fossem votados primeiramente os nomes de consenso para que depois fosse iniciado o embate entre governo e oposição sobre quebras de sigilo de nomes como os de José Dirceu, José Genoíno, Delúbio Soares e Sílvio Pereira.

A oposição quis inverter a ordem de votação, temerosa que, após aprovar os consensuais, os governistas esvaziassem o plenário, acabando com o quorum necessário para votar os requerimentos relacionados à cúpula petista. Somente essa discussão durou mais de três horas. "Estamos aqui discutindo se a ordem dos fatores altera o produto", ponderou a certa altura o senador Alvaro Dias. A solução foi decidir a peleia no voto, com vitória da base. O curioso é observar que, apesar de todos os discursos defenderem a lógica e o bom-senso, independentemente de partidos, até agora oposição e base aliada votaram coesas em todas as disputas internas na comissão. Para o bem do governo, que tem a maioria.

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