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A defesa dos acusados de matar a deputada federal Ceci Cunha, em 16 de dezembro de 1998, em Alagoas, tentou mudar nesta terça-feira (17) a versão sobre a participação do principal suspeito do crime - o então suplente da deputada na época do ocorrido, o médico Talvane Albuquerque.

Os advogados dos réus acusam as polícias civis e federal de tortura e afirmam que Talvane não tinha interesse na morte de Ceci. Segundo o advogado Welton Roberto, o principal interessado na morte da deputada era o então governador de Alagoas, Manoel Gomes de Barros, conhecido como Mano. Ceci teria se recusado a ser vice na chapa dele ao governo do estado. Mano era candidato à reeleição.

No segundo dia dos três previstos para o julgamento dos acusados da morte da parlamentar, um dos supostos pistoleiros, Jadielson Barbosa da Silva, chorou em plenário, ao negar o crime.

Os outros acusados - e assessores do deputado, assim como Jadielson -, Alécio César Alves e José Alexandre dos Santos, acusaram as polícias de prática de tortura durante os depoimentos prestados para o esclarecimento do caso. E citaram o nome do senador - e então ministro da Justiça na época - Renan Calheiros, como o responsável pela autorização do uso de violência.

Segundo eles, foram usados lençóis nas sessões de tortura, além de cabos de vassouras introduzidos no ânus e pancadas no corpo.

"Vamos colocar todos na cena do crime", disse o advogado de acusação, José Fragoso, contestando a versão dos réus. Ele chamou as acusações de tortura de "mentirosas".

O juiz do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Nicolau Lupiannes, acompanha o julgamento a pedido da corregedora nacional do CNJ, ministra Eliana Calmon.

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