Minha Casa, Minha Vida
Paraná e União fecham acordo para construção de 70 mil imóveis
O governo do Paraná assinou ontem um acordo de cooperação técnica com o Ministério das Cidades para a construção de 70 mil moradias do programa federal Minha Casa, Minha Vida. Pelo acordo, o Paraná terá cerca R$ 3,35 bilhões para atender à demanda.
Destes recursos, pouco mais de R$ 3 bilhões serão provenientes dos cofres federais. Outros R$ 350 milhões são recursos da contrapartida do governo do Paraná.
O acordo envolve também a Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), responsável pela execução das obras, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, que são os agentes financeiros, e as prefeituras. As habitações, que devem ser construídas até 2014, incluem as diferentes faixas de renda beneficiadas pelo programa federal.
Durante a cerimônia, o governador Beto Richa destacou a parceria com o governo federal. "Estamos cumprindo com a nossa obrigação deixando diferenças partidárias de lado", disse. O ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro (PP), destacou o volume de recursos investidos pela União no estado. "As parcerias do ministério com o Paraná já ultrapassam R$ 10 bilhões."
O evento no Palácio Iguaçu contou com a presença de vários deputados federais e estaduais e do senador Sérgio de Souza (PMDB). Havia a expectativa de que a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, também estivesse presente. Porém, de acordo com o ministro das Cidades, Gleisi não pode comparecer em razão de um problema familiar. (SM)
O governador Beto Richa (PSDB) chamou de "descabida" a decisão do juiz eleitoral Marcelo Wallbach Silva que suspendeu no último sábado a divulgação de comerciais do governo do estado referentes à instalação das Unidades Paraná Seguro (UPSs) em Curitiba.
O juiz entendeu que os comerciais beneficiavam o prefeito Luciano Ducci (PSB), candidato à reeleição, pois as UPSs são uma parceria do governo com a prefeitura. E a campanha de Ducci estaria usando o programa em sua campanha. A ação foi proposta pela coligação de Gustavo Fruet (PDT), adversário de Ducci na disputa pela prefeitura.
Richa deu a declaração antes da cerimônia do acordo entre o governo e o Ministério das Cidades para a construção de moradias do programa Minha Casa, Minha Vida (leia mais na matéria ao lado).
O governador alega que a Lei Eleitoral não proíbe a divulgação de propaganda institucional. "Se o governo federal pode, porque o estadual não? Ninguém está acima da lei. Nem o juiz", contestou .
Richa disse que a Procuradoria-Geral do Estado vai recorrer da decisão.
Suposto beneficiário do comercial, Ducci disse não ver qualquer relação entre a propaganda e sua campanha. "O governo estadual não pode parar ações de melhoria a segurança pública em Curitiba por conta de uma influência ou não que pode ter no processo eleitoral", disse.
Caso haja descumprimento da decisão, o juiz estipulou multa de R$ 10 mil por comercial exibido. Além de suspender a circulação dos comerciais já produzidos, a decisão proíbe também novas veiculações de publicidade institucional referente às UPS até a realização das eleições, em outubro.
Pesquisa
O governador também comentou o resultado da pesquisa eleitoral divulgada pelo Datafolha no último sábado com as intenções de voto para a disputa pela prefeitura de Curitiba. O levantamento mostra um empate técnico entre os candidatos Ratinho Júnior (PSC), Luciano Ducci (PSB) e Gustavo Fruet (PDT).
Para o governador, a pesquisa "reflete apenas uma fotografia do momento". Ele acredita que a campanha só "esquentará" a partir de agosto, quando começa a propaganda eleitoral gratuita em rádio e televisão "Aí, então, os eleitores estarão mais atentos para começarem a definir seus votos de acordo com as propostas de cada candidato".
Pesquisa realizada entre 19 e 20 de julho com 832 entrevistados, em Curitiba. A margem de erro é de 3 pontos porcentuais. As contratantes foram a Foha de S.Paulo e a RPC TV. A pesquisa foi registrada no TRE-PR sob o número PR-00017/2012.
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