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| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

O governador Beto Richa (PSDB) afirmou que ficou distante das campanhas para prefeito e vereador por respeito aos candidatos, mas teceu críticas à atual gestão da prefeitura de Curitiba, principalmente em relação ao transporte coletivo, após uma missa, pela manhã. Discurso reforçado à tarde, quando o tucano votou.

Durante a manhã deste domingo (2), o governador participou de celebração na Paróquia São João Batista Precursor, no Mossunguê. Logo após, em torno de 13h30, ele votou no Colégio Estadual Amâncio Moro, no Jardim Social. No local, ele foi chamado de “ladrão” por uma eleitora.

Nas duas ocasiões, o governador avaliou como positiva a eleição mais curta, de 45 dias, e ressaltou que manteve um distanciamento de todas as campanhas nos municípios do Paraná em respeito aos candidatos. Mesmo assim, fez críticas a atual gestão da prefeitura de Curitiba, do ex-tucano Gustavo Fruet (PDT), por ter feito a desintegração do transporte coletivo.

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“Tenho provas de que a desintegração do sistema metropolitano de transporte foi um pedido da prefeitura de Curitiba. O único prefeito na história da integração do transporte coletivo, que recebeu apoio não só do governo do estado, mas do governo federal, através de isenção de impostos que incidem sobre a passagem foi a atual administração”, disse o governador em entrevista coletiva ao final da missa.

“Eu cito o exemplo de quando fui prefeito. Não tive ajuda de ninguém. Eu pedi ao [ex-governador] Requião, quando eu era prefeito, a isenção do ICMS sobre óleo diesel e transporte público, mas não consegui. Além da isenção, dei um subsídio de R$ 170 milhões e mesmo assim a prefeitura desintegrou o sistema. Não há explicação”, afirmou ao chegar ao colégio. Richa também disse que percebeu nas propostas dos candidatos que a vontade é de reintegrar o sistema, e que, se o desejo for esse, se dispõe a ajudar.

O governador também criticou a alta da passagem domingueira e afirmou que quer a integração com outros modais de transporte. Para Richa, o desafio do próximo prefeito de Curitiba é recompor a estrutura da prefeitura e resgatar a confiança com os curitibanos.

“Vários programas retrocederam. Precisamos de um equilíbrio nas contas públicas. Tenho visto retrocesso sobretudo na área de saúde. Nós conversamos com muitas entidades, com muitos hospitais. Liberamos há cerca de dois meses para a prefeitura, na presença dos dez maiores hospitais da nossa capital, R$ 36,7 milhões, acima do teto MAC, ou seja, um recurso extra para socorrer os hospitais da cidade. E, depois de 35 dias, alguns reclamavam que ainda não tinham recebido o recurso”, afirmou.

“Espero que o prefeito eleito seja o que reúna as melhores condições para conduzir nossa capital com todos os desafios do momento. O país atravessa momento de redução das receitas. É preciso agir com extrema responsabilidade. Não há mais espaço para demagogia para prefeitos e governantes”, finalizou.

Richa foi acompanhado na votação pelo deputado estadual Stephanes Junior (PSB), que estava com adesivo do candidato Rafael Greca (PMN), apoiado pela dupla, e do secretário estadual de Agricultura, Norberto Anacleto Ortigara, e correligionários.

Próximos passos

Em relação ao cenário para o seu partido, Richa foi bastante otimista. “O PSDB sai fortalecido não só no Paraná, mas em todo o Brasil. Isso fortalece eventuais candidaturas à presidência da república e governos estaduais”, afirmou.

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