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| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

O aumento de impostos, o mau relacionamento com os servidores e a Batalha do Centro Cívico em 29 de abril ainda repercutem fortemente na imagem do governador Beto Richa (PSDB). Hoje, apenas 24,4% dos paranaenses aprovam a administração do tucano. Um ano atrás, o índice era de 65,4%.

Segundo o Instituto Paraná Pesquisas, a parcela da população favorável à gestão de Richa teve uma leve melhora em relação ao levantamento feito em junho, pouco tempo depois do confronto provocado pelas mudanças na Paranaprevidência. De lá para cá, a desaprovação ao governador caiu 13,5 pontos porcentuais – de 84,7% para 71,2%. Apesar disso, os números continuam distantes dos índices do primeiro mandato, quando Richa era aprovada por praticamente três em cada quatro paranaenses. Hoje, a proporção é exatamente o inverso.

“Diante dos acontecimentos, a avaliação está melhor do que eu previa. As medidas de ajuste fiscal parecem ter rendido a ele uma margem de liquidez para trabalhar”, afirma o cientista político Luiz Domingos Costa, do Grupo Uninter. “Mas o aumento da aprovação exigirá gastos públicos, investimentos, que até agora o governador não tem feito.”

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Para Costa, o efeito mais perceptível do 29 de abril pôde ser visto no recuo de Richa em relação à proposta de fechar dezenas de escolas estaduais para economizar com aluguel. “Isso mostra que ele aprendeu com aquele episódio, não foi insistente como da outra vez. Ele está sinalizando que não quer contrariar as aspirações da sociedade, sob pena de reduzir ainda mais sua popularidade.”

O cientista político destaca também que a pesquisa mostra que Richa terá dificuldades em eleger um sucessor ao Palácio Iguaçu, ainda que faltem quase três anos para o pleito de outubro de 2018. “É muito mais fácil ele se eleger senador do que fazer um sucessor. Essa disputa será uma incógnita.”

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