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Nos bastidores, rumor é de que o deputado Valdir Rossoni assumiria a “poderosa” Infraestrutura. | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Nos bastidores, rumor é de que o deputado Valdir Rossoni assumiria a “poderosa” Infraestrutura.| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

O ano de 2016 pode começar com mudanças no secretariado do governador Beto Richa (PSDB). Nos bastidores, especula-se que o deputado federal Valdir Rossoni (PSDB) pode assumir a Secretaria de Infraestrutura. O atual ocupante do cargo, Pepe Richa, irmão do governador, assumiria a Secretaria de Administração ou de Desenvolvimento Urbano. A assessoria de comunicação do governo nega mudanças neste início de ano.

Ex-presidente da Assembleia, Rossoni exerce o cargo de deputado desde o início do ano. Ele foi cotado no início do ano para a Casa Civil, mas o indicado foi o ex-deputado Eduardo Sciarra (PSD). À época, Rossoni teria ficado insatisfeito em não ter sido escolhido.

A Secretaria de Infraestrutura trata-se de uma pasta crucial, responsável por R$ 1,6 bilhão em investimentos previstos no orçamento de 2016. A reportagem tentou entrar em contato com Valdir Rossoni, mas o deputado não atendeu às ligações.

Titular da secretaria desde sua criação, em 2011, Pepe seria alocado em outra pasta do governo Beto Richa. Especula-se que ele poderia assumir o Desenvolvimento Urbano, hoje comandado por Ratinho Jr. (PSC). Deputado licenciado, Ratinho teria interesse de voltar à Assembleia – preparando terreno para a disputa da presidência do Legislativo no final do ano ou para a disputa eleitoral em Curitiba.

Ratinho nega que tenha qualquer intenção de deixar a secretaria neste momento. Ele não descarta, porém, sair da pasta em abril. Se quiser disputar a prefeitura de Curitiba, o secretário terá que deixar o cargo seis meses antes da eleição. De acordo com ele, o cenário político está muito instável e essa decisão será tomada só em março.

Outra possibilidade seria Pepe assumir a Administração, hoje comandada por Dinorah Portugal Nogara. A secretária diz que não foi comunicada de qualquer mudança no secretariado.

Brasília

Na capital federal, a novidade no início do ano é a saída de Joaquim Levy do Ministério da Fazenda, confirmada na sexta-feira (18). Sua saída provocou um remanejamento de cargos no alto escalão do governo federal. ex-ministro do Planejamento, Nelson Barbosa assumiu a Fazenda. Em seu lugar, assume o ministro-chefe da Corregedoria-Geral da União (CGU), Valdir Simão. Seu substituto definitivo ainda não foi anunciado.

2015 foi ano de instabilidade para secretários e ministros

Primeiro ano do atual mandato de Beto Richa (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), 2015 foi marcado por muitas trocas no secretariado e nos ministérios. No caso de Richa, as mudanças se deram por motivos pontuais, especialmente relacionados à área de educação. Em Brasília, as modificações ocorreram, principalmente, como tentativa de amenizar o clima político e a briga entre Executivo e Legislativo.

Após a repressão policial ferir mais de 200 pessoas no Centro Cívico, em Curitiba em 29 de abril, Fernando Francischini saiu da Secretaria Estdual de Segurança Pública, alguns dias depois do ocorrido. Ele foi substituído por Wagner Mesquita. A greve dos professores motivou a saída de Fernando Xavier Ferreira. Ele foi substituído por Ana Seres. Ainda que vários atritos tenham ocorrido, especialmente no primeiro semestre, os outros secretários foram mantidos no cargo.

Já as mudanças no ministério de Dilma aconteceram ao longo de todo o ano. Ministro da Educação, Cid Gomes (então no Pros) foi demitido em março após dizer no plenário da Câmara que havia “300 ou 400 achacadores” entre os deputados. Seu substituto, Renato Janine Ribeiro, durou apenas sete meses, sendo substituído na reforma ministerial de outubro.

Nessa reforma, feita para tentar apaziguar o clima político em Brasília, Dilma extinguiu oito ministérios e trocou outros oito ministros em diversas pastas, incluindo Saúde e Educação. O espaço do PMDB foi ampliado e o do PT, reduzido. A reforma não foi suficiente para impedir o início do processo de impeachment, acatado pelo presidente da Câmara dois meses depois. (CM)

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