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O procurador-geral de Justiça, Mílton Riquelme de Macedo, considera que o secretário de estado da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, deve fazer como os demais promotores de Justiça que estavam exercendo cargos no Executivo de outros estados e retornar à sua função no Ministério Público.

De oito promotores de Justiça que estavam nessa situação em todo o país, sete voltaram às promotorias. Apenas o paranaense não cumpriu a determinação, que partiu tanto do Conselho Nacional quanto do Conselho Superior do Ministério Público Estadual. Riquelme pede ainda que Delazari tome uma decisão rapidamente. O procurador-geral diz não acreditar que Delazari esteja desrespeitando a instituição, mas afirma que a atitude cria um desgaste.

"O secretário está agindo dentro de seu interesse pessoal. Não creio que a intenção seja desrespeitar a instituição, mas seu posicionamento parece estar contribuindo para um desgaste pessoal, que poderia ser evitado com uma decisão mais rápida a respeito de sua situação funcional", afirma Riquelme.

O procurador-geral de Justiça votou contra o pedido de Delazari para prorrogar sua licença e continuar na Secretaria de Segurança. Nesta semana, também negou outro pedido do atual secretário, que solicitou uma licença para fins particulares. Riquelme, no entanto, não quis se manifestar sobre o fato de o governo do estado não cobrar uma posição final de Delazari, mesmo com o caso sendo assunto de interesse público.

"O governo deve estar ciente da situação do secretário, em função das decisões do Conselho Nacional do Ministério Público e do Conselho Superior do MP, amplamente divulgadas pela imprensa. Ainda não sabemos qual a intenção do secretário em relação à sua carreira no MP".

Delazari foi notificado pela Corregedoria-Geral do Ministério Público Estadual no dia 12 deste mês para retorne à função de promotor de Justiça. Segundo a instituição, ele tem 30 dias para voltar e, caso não cumpra, corre o risco de ter sua atitude interpretada como abandono de emprego. Como Delazari ainda não voltou, desde o dia da notificação, de acordo com o órgão, seu salário está sendo descontado. Ele optou por receber salário de promotor de Justiça, algo em torno de R$ 21 mil mensais, no lugar de ganhar como secretário de governo, cujos vencimentos são de aproximadamente R$ 12 mil.

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