Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
entenda

Saiba tudo sobre a Operação Pecúlio, que investiga fraudes em licitações de Foz

As investigações da Operação Pecúlio foram iniciadas em meados de 2014. O objetivo era apurar a existência de uma organização criminosa instalada na prefeitura de Foz do Iguaçu. À época, haviam indícios de ingerências de gestores do município, de forma direta e indireta, em empresas contratadas para prestação de serviços e para a realização de obras junto ao Executivo municipal. Neste ano, já foram realizadas quatro fases da operação. Entenda:

1ª Fase – 19 de abril

A 1ª fase da operação foi deflagrada em 19 de abril. Os alvos principais dos investigadores foram o ex-secretário de Tecnologia da Informação, Melquizedeque da Silva Correia Ferreira Souza, o ex-secretário de Planejamento, Rodrigo Becker, e os empresários Nilton João Beckers e Euclides de Moraes Barros. O então prefeito de Foz, Reni Pereira (PSB), foi levado para depor sob condução coercitiva. Os agentes da PF também encontraram uma alta quantia em dinheiro na sua casa.

Após serem cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e dez de prisão temporária, a Polícia Federal apresentou, por meio de dados preliminares levantados pela Controladoria-Geral da União (CGU), desvios de ao menos R$ 4 milhões em contratos fraudulentos, sobretudo de recursos federais destinados à Foz do Iguaçu para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e para o Sistema Único de Saúde (SUS).

2ª Fase - 3 de maio

Após análises de depoimentos colhidos, interceptações telefônicas e documentos apreendidos, a PF deu sequência à investigações e deflagrou no dia 3 de maio a 2.ª fase da operação.

As novas informações levaram à Secretaria de Obras. Duas pessoas foram presas preventivamente. O ex-titular da pasta, Carlos Juliano Budel (PSDB) e o ex-diretor de pavimentação, Aires Silva.

Neste momento, o prefeito Reni Pereira já é apontado pelo MPF como chefe da organização criminosa instalada dentro da prefeitura com o objetivo de promover desvios de dinheiro público. Por ter foro privilegiado, o inquérito policial contra Reni é enviado para o Tribunal Regional Federal da 4.ª Região, em Porto Alegre (RS). A deputada estadual Claudia Pereira (PSC), mulher de Reni, também figura como alvo do inquérito.

3ª Fase - 21 de junho

A 3ª Vara Federal em Foz do Iguaçu acata no dia 20 de junho denúncia por formação de quadrilha e outros crimes contra 85 pessoas ligadas direta ou indiretamente ao prefeito Reni Pereira (PSB).

A Câmara Municipal é atingida com o indiciamento dos vereadores Paulo Rocha (PMDB), Beni Rodrigues (PSB), Darci Siqueira (PTN), Edílio Dall’agnol (PSC) e Hermógenes de Oliveira (PSC). Entre os crimes atribuídos aos cinco parlamentares, estão prática de corrupção ativa e participação em organização criminosa.

Munida de extensa documentação probatória acerca das ilicitudes praticadas pela quadrilha, a PF chega à Secretaria Municipal de Saúde e no dia 21 de junho deflagra a 3.ª fase da operação. Na oportunidade, são cumpridos mais nove mandados de prisão preventiva e 22 de busca e apreensão em diversos setores da prefeitura, além de residências e escritórios dos suspeitos.

4.ª Fase – 14 de julho

O Tribunal Regional Federal da 4.ª Região, em Porto Alegre (RS), decreta a prisão domiciliar de Reni Pereira e determina seu imediato afastamento do cargo de prefeito. A vice Ivone Barofaldi (PSDB) assume a cadeira do Executivo no dia 14 de julho.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.