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A cientista política Celene Tonella da Universidade Estadual de Maringá (UEM) considera que há um discurso de “limpa” sobre os políticos corruptos entre as lideranças dos protestos anti-governo. “Mas, boa parte dos insatisfeitos que vão às ruas, com um discurso menos elaborado, possui uma gana de punir a presidente Dilma e o PT”, avalia.

Para ela, caso ocorra o impeachment, que é o desejo de parcela dos manifestantes anti-governo, os movimentos de rua tendem a enfraquecer. O cientista político da UFPR Sergio Braga também é descrente sobre a continuidade das manifestações. “A primeira coisa que vai acontecer quando o governo cair é o esquecimento da corrupção”, avalia.

O futuro das manifestações de rua

Organizadores dos protestos garantem que pressão irá continuar sobre os senadores; e também contra Eduardo Cunha e Renan Calheiros

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Outro fator de “esfriamento” dos protestos, segundo Celene, é a atuação negativa dos políticos sobre as investigações. Braga aponta como exemplo a articulação em torno do presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), citado na operação Lava Jato. “O cronograma das manifestações se mostra mais político do que jurídico, ou seja, ele [Renan] vira alvo para fazer andar o impeachment, mas não pela citação na Lava Jato”, diz.

Braga aponta ainda que há indícios fortes de esvaziamento da Lava Jato com o afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT).

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