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O ministro da Defesa, Nelson Jobim, deve acertar ainda nesta terça-feira (30) a demissão do presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi. O presidente da agência foi excluído de uma reunião nesta manhã entre Jobim, o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, o presidente da Infraero, Sérgio Gaudenzi, e dois novos diretores da Anac, Allemander Pereira Filho e Marcelo dos Guaranys, sendo que o último sequer tomou posse.

Em uma curta entrevista após a reunião, Jobim deixou claro que não conta mais com Zuanazzi para a administração da aviação civil. Quando indagado se Zuanazzi seria afastado do cargo, o ministro disse que o problema seria resolvido ainda nesta terça.

- Estamos num momento de substituição. Nós estamos trabalhando com o futuro, não estamos trabalhando com o passado. Esta questão pontual (sobre Zuanazzi) vai se resolver hoje à tarde - disse.

O objetivo do encontro foi acertar o planejamento e a coordenação dos órgãos de controle do tráfico aéreo para a temporada de incremento de vôos que vai de 1º de dezembro a 15 de março. O ministro exigiu que os órgãos de controle da aviação civil assegurem todas as informações sobre o fluxo de vôos aos passageiros, como horários de saída e eventuais atrasos. Para o ministro, não basta as empresas aéreas serem multadas, ele considera que eventuais falhas das empresas têm que ser supridas pelos órgãos oficiais.

Abaixo-assinado pede permanência de Zuanazzi

Representantes das empresas de aviação civil, sindicatos de trabalhadores e várias entidades do setor aéreo fizeram nesta segunda-feira um abaixo-assinado pedindo a permanência de Zuanazzi. O documento assinado por 17 entidades seria procotolado na Presidência da República. No texto, os empresários destacam a dedicação de Zuanazzi e alegam que ele está sendo massacrado injustamente pela imprensa.

"Digníssimo Luiz Inácio Lula da Silva, nós, membros do Conselho Consultivo da ANAC, requeremos a Vossa Excelência a manutenção do Dr. Milton Zuanazzi como Presidente desta Agência, por sua competência, dedicação e respeito com a Aviação Brasileira. Nós, senhor Presidente, que fazemos e conhecemos a Aviação Civil Brasileira, hipotecamos total e irrestrito apoio pela permanência deste extraordinário brasileiro que tem sido massacrado injustamente pela mídia nacional", diz o texto.

Entre as entidades que assinam o documento estão o Sindicato Nacional dos Aeroviários, a Federação Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil, ligada à CUT, Sindicato das Empresas de táxi aéreo, de pilotos e associações de ultraleves, pára-quedismo e aviação agrícola.

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