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O prefeito de Salvador, João Henrique Carneiro (PP), entrou nesta manhã com uma representação na Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor do Ministério Público Estadual. Ele questiona o pedido da Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba) de reajuste de 11,96% nas tarifas de energia. A Coelba aguarda posicionamento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que tem até o dia 22 para se pronunciar sobre o pedido.

Segundo João Henrique, "não há sentido" no pleito da concessionária de reajustar os valores em um índice que é, para ele, "o dobro da inflação" (na comparação com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, IPCA, que fechou 2010 com alta de 5,91%). "A população seria duplamente penalizada, diretamente pelo aumento nas contas e indiretamente pelos repasses que os setores produtivos vão fazer para absorver o custo maior", argumenta.

Além disso, na representação, o prefeito pede para que o MP cobre da Coelba a reparação total de asfaltamento e calçadas que são quebradas pela concessionária para a realização de serviços. "Para fazer o cabeamento, eles (Coelba) destroem a cidade - e, depois, não recuperam do jeito que estava antes, deixando o prejuízo para o poder público", acusa João Henrique. "Eles deixam a cidade em segundo plano".

A Coelba argumenta que o pedido de reajuste tem como base o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) acumulado dos últimos 12 meses (11%), acrescido de encargos setoriais. Sobre a acusação de danos à infraestrutura viária do município, a empresa negou, em nota, as acusações, afirmando que 98% de sua rede é aérea e que "as poucas obras que exigem intervenções em pistas e calçamentos são realizadas utilizando técnicas que recompõem o local após a conclusão, deixando-o em perfeitas condições".

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