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O líder do PDT na Câmara, deputado Giovanni Queiroz (PA), tentou minimizar nesta quarta-feira as declarações do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, consideradas ofensivas à autoridade da presidente Dilma Rousseff. Também procurou minimizar o que ele próprio disse: que o PDT deixa o governo se Lupi for demitido. Segundo o líder, isso só aconteceria se a demissão se desse por pressão política, sem culpa comprovada de Lupi nas denúncias de corrupção em sua pasta.

"O que quis dizer é que não aceitamos demissão de Lupi por pressão política. Mas se ele tiver culpa no cartório, aí não tem nem o que discutir. Como confiamos nele e acreditamos que isso não vai acontecer, houve a solidariedade do partido a ele no caso de uma injustiça", disse Giovanni Queiroz.

Sobre a declaração de Lupi de que só sairia do ministério "abatido a bala", ele argumentou que o ministro só se posicionou assim porque se sente muito seguro para resistir às acusações.

Também em nota, Queiroz tentou botar panos quentes na história, negando que as declarações de Lupi fossem uma ameaça a Dilma. O texto é assinado ainda pelo presidente em exercício do partido, o deputado cearense André Figueiredo, e pelo líder no Senado, o rondoniense Acir Gurgacz. Na nota, os dirigentes do PDT dizem que Lupi "sabe que cabe à Presidente da República, única e exclusivamente, nomear e exonerar, a qualquer período, seus Ministros colaboradores".

Em outro ponto, o PDT tenta passar a mensagem de que não está interessado em cargos: "O Partido Democrático Trabalhista (PDT) foi a primeira sigla partidária, ainda no primeiro semestre de 2010, a fechar apoio à então candidata Dilma Rousseff (PT) a Presidência da República, sem que para isso tenha feito acordos sobre possíveis espaços no Governo Federal em sua eventual vitória, confirmada em novembro de 2010".

"O Partido Democrático Trabalhista (PDT) foi a primeira sigla partidária, ainda no primeiro semestre de 2010, a fechar apoio à então candidata Dilma Rousseff (PT) a Presidência da República, sem que para isso tenha feito acordos sobre possíveis espaços no Governo Federal em sua eventual vitória, confirmada em novembro de 2010.

O Presidente Nacional - licenciado - do PDT e Ministro de Estado do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, sabe que cabe à Presidente da República, única e exclusivamente, nomear e exonerar, a qualquer período, seus Ministros colaboradores.

Importante esclarecer também que em nenhum momento as declarações do Ministro Carlos Lupi, durante coletiva de terça-feira na sede nacional do PDT, foram de ameaça a quem quer que seja, muito menos à Presidente Dilma Rousseff, mas sim um desafio aos acusadores que se escondem por trás do anonimato."

Presidente do PDT diz que partido não ameaçou Dilma

No mesmo dia em que a presidente Dilma Rousseff mandou o ministro do Trabalho se retratar das bravatas ditas terça-feira, o presidente do PDT, deputado André Figueiredo (CE), também recuou em relação à decisão anunciada terça após reunião com a bancada.

"Houve um erro de interpretação sobre a declaração do líder (de que o partido sairia do governo). Não ameaçamos a presidente Dilma. O PDT sai do governo mas não sai da base. Não teríamos hoje um nome para indicar no lugar de Lupi. O PDT não busca cargos, busca causas. Continuamos acreditando no governo da presidente Dilma, mas se num processo desses de dificuldades o ministro Lupi cair, não tem sentido a gente continuar no governo - disse André Figueiredo, acrescentando que nesse momento não vê motivos para o ministro ser substituído.

"Não há irregularidades envolvendo o ministro Lupi, mas se nesse processo de dificuldades de eventuais denúncias, e podem surgir mais, ele cair, nós entregamos o ministério. A presidente Dilma pode ficar à vontade para colocar outro partido no lugar", disse o presidente André Figueiredo.

Ele afirmou que seria outra situação se, na reforma ministerial prevista para o inicio do ano que vem, Dilma resolvesse fazer um rodizio de pastas, entregando o Trabalho para outro partido.

"Isso poderíamos discutir. E até seria salutar", disse o presidente do PDT.

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