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Manaus e Belém (AG) – O Governo do Amazonas anunciou ontem que foi decretado estado de calamidade pública em todos os 61 municípios do interior do estado. Trata-se da pior seca das últimas três décadas no estado do Amazonas.

"O governador (Eduardo Braga – PMDB) fez isso porque nossos rios começam a secar nas cabeceiras, nos altos rios, depois vão secando nos médio, até chegar ao baixo. Então o que é problema sério hoje nos altos rios, vai ser problema sério daqui a dois ou três dias nos médios rios e será problema muito sério daqui a uma semana no baixo rio", disse o secretário de Governo, José Melo.

Até quinta-feira, informações da Defesa Civil Estadual apontavam apenas seis municípios em estado de calamidade pública – e outros 15 em estado de alerta – por causa da seca forte e prolongada que atinge o estado.

"Na verdade, todos os municípios do Amazonas têm algum tipo de problema. Mas nas comunidades que ficam na beira dos lagos e dos pequenos afluentes, que estão secos, a situação é mais grave. São mais de 1.200 comunidades com falta de água potável e alimentos", afirmou Melo.

Segundo levantamento da Defesa Civil Estadual, concluído na última quarta-feira, 32 mil famílias receberiam a ajuda emergencial do governo. Mas Melo ponderou que o número "é dinâmico" e que hoje pelos menos o dobro de pessoas já necessitam de assistência.

Ontem, começaram a ser distribuídos comida e remédios a quatro municípios atingidos pela seca: Anamã, Anori, Caapiranga e Manaquiri, no Rio Solimões. Hoje, a ajuda deve chegar a outras quatro cidades mais próximas a Manaus: Iranduba, Manacapuru, Careiro Castanho e Careiro da Várzea.

"Na próxima terça-feira, os grandes aviões da Força Aérea Brasileira já estarão aqui e vamos iniciar a distribuição no Alto Solimões. O material seguirá para Tabatinga, Benjamin Constant, Atalaia do Norte e São Paulo de Olivença. A partir daí, todos os dias, os aviões sairão em direção aos altos rios", explicou o secretário de Governo do Amazonas.

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