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O rompimento da aliança entre PDT e PT em Curitiba tem sido alvo de especulações no mundo político, tendo em vista as eleições municipais no ano que vem | Henry Milleo/Gazeta do Povo
O rompimento da aliança entre PDT e PT em Curitiba tem sido alvo de especulações no mundo político, tendo em vista as eleições municipais no ano que vem| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

O secretário da Saúde de Curitiba, Adriano Massuda, permanece no cargo pelo menos até segunda-feira, quando deve ser reunir como prefeito Gustavo Fruet (PDT) para tratar do convite para assumir a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde. Massuda vive uma situação pelo menos insólita, pois já foi nomeado para o cargo no Ministério, mas ainda não acertou sua saída da equipe de Fruet. Massuda se recusou a falar sobre a confusão. A prefeita em exercício, Mírian Gonçalves (PT), descarta que a eventual saída dele marque o início do desembarque do PT da administração municipal. “De forma alguma. Não há qualquer desembarque previsto”, afirma.

O rompimento da aliança entre PDT e PT em Curitiba tem sido alvo de especulações no mundo político, tendo em vista as eleições municipais no ano que vem. O deputado federal Ênio Verri (PT) também negou os boatos de separação. “Não estamos desembarcando da gestão Fruet. O PDT é um aliado importante e estratégico para nosso partido não só em Curitiba, mas em todo Paraná”, disse ao blog Conexão Brasília, da Gazeta do Povo.

Mírian Gonçalves atribuiu o problema da dupla nomeação de Adriano Massuda a um erro do gabinete do ministro da Saúde, Arthur Chioro. “Eu acompanhei esse processo. O secretário Massuda havia sido convidado pelo ministro há mais ou menos um mês. Na época, em conversa com o prefeito (Gustavo Fruet), ele decidiu ficar, devido às tarefas que tinha assumido na administração municipal”, diz. “O convite foi reiterado e o ministro se dispôs a conversar com o nosso prefeito sobre a liberação do secretário. Por equívoco, antes de o secretário dar uma resposta, a nomeação foi publicada”, conta.

A prefeita em exercício avalia que a eventual saída de Massuda não levará necessariamente à nomeação de outro petista para comandar a Secretaria Municipal da Saúde. “A vinda do Massuda não era por cota do PT, mas por qualificação técnica. Ocorrendo a saída, o prefeito vai nomear o mais qualificado para o lugar dele”, afirma.

Mírian garante que não há discussão na administração municipal sobre mudanças em outras secretarias, numa rearrumação dos partidos para as eleições de 2016. “Essa e uma decisão exclusiva do prefeito e não há essa discussão sobre mudanças”, diz. Nesta terça-feira ela assinou a mensagem que será enviada à Câmara Municipal com projeto de lei estabelecendo a política municipal de apoio à economia solidária.

Em nota enviada à Gazeta do Povo, Massuda afirma que a nomeação para cargos públicos não significa o exercício efetivo de um cargo. “A responsabilidade administrativa só ocorre após a tomada de posse no cargo, o que deve ocorrer em até 30 dias após a data de nomeação. Enquanto isso, o secretário continua a desempenhar normalmente as suas atividades na Prefeitura Municipal de Curitiba. A Secretaria Municipal da Saúde reitera que o secretário recebeu o convite do ministro da Saúde, Arthur Chioro, e só se posicionará sobre ele após conversa com o prefeito Gustavo Fruet, que encontra-se em viagem no exterior”, diz o texto.

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