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Ao prestar depoimento na Polícia Federal, o vigilante Marcos André Ávila de Oliveira, de 28 anos, acusado de ser o autor da carta contendo ameaças ao senador Delcídio Amaral (PT-MS) e à família dele que reside no Mato Grosso do Sul, disse que com a carta pretendia convencer o senador da fragilidade do esquema de segurança montado pela PM, e com isso ele pretendia que Amaral dispensasse os policiais militares e contratasse a empresa que estava montando com sua mulher para fazer a proteção do senador e da família.

Marcos André casou-se no final do ano passado e estava morando um bairro nobre de Campo Grande (MS). Com a ajuda da mulher, ele estava abrindo uma empresa de segurança. Foi preso no início da manhã desta sexta-feira pela PM-2 quando saía de casa. Ele foi conduzido para a Polícia Federal, para onde também foi levado o computador que foi usado para escrever a carta.

Oliveira trabalha há mais de três anos numa empresa de segurança de Campo Grande e há um ano e meio fazia a vigilância noturna na casa do senador. Já o Serviço Reservado da PM passou a cuidar da segurança de Delcídio e família desde que ele assumiu a presidência da CPMI dos Correios.

A carta com ameaças foi encontrada na caixa dos Correios da casa do senador na manhã da última terça-feira: "...toma muito cuidado daqui pra frente que uma hora dessa (sic) um dos seus vigilantes pode aparecer morto e suas filhas também", diz trecho da carta. E foram justamente algumas palavras utilizadas por Marcos André que levaram a PM-2 a desconfiar, desde o início das investigações, que o autor da ameaça era ele.

A principal pista é que no final da carta ele dizia: "Seria uma pena tirar a vida de duas lindas princesas". No ambiente de trabalho, o vigia sempre se referia às filhas de Delcídio Amaral como "princesinhas". Outro detalhe que reforçou a suspeita é que ele usava o termo comum apenas para os profissionais da área de segurança (vigilante) e na carta ele descrevia rotinas da família do político.

O delegado da PF que investiga o caso, Jonas Rossati, descartou que possa haver conotações políticas nas ameaças ao senador, que deseja ser candidato do ao governo do Mato Grosso do Sul pelo PT.

Quando foi informado pela mulher da carta no início da manhã de terça-feira, o senador Delcídio Amaral procurou o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e pediu para que fosse designadaa PF para investigar o caso. Amaral foi informado ainda pela manhã desta sexta-feira da prisão do vigia.

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