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Entrevista

Sem controle, vale o risco

Gil Castello Branco, fundador do Contas Abertas

 | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
(Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo)

Fundador da organização não governamental Associação Contas Abertas, o economista Gil Castello Branco prega a "ampliação do controle social" para evitar desvios.As ONGs se tornaram fo­­cos de corrupção?

Sem dúvida um dos maiores focos de corrupção são os repasses para entidades privadas sem fim lucrativo. No orçamento da União, as transferências de recursos para as entidades não aparecem separadas, o que dificulta a fiscalização. E são repassados por ano, em média, R$ 3,5 bilhões, sendo que, em média, 3,5 mil entidades recebem essa verba.

Onde está o problema?

O problema está no momento da contratação, na execução dos convênios e na prestação de contas. O governo perdeu há tempos o controle das ONGs.

O que é preciso para retomar o controle?

O recadastramento ajudaria e o Sinconv (sistema de convênios) precisava ser mais transparente. A ampliação do controle social é fundamental.

A impunidade colabora para as irregularidades?

No Brasil, o risco de ser auditado e de ter as contas analisadas é mínimo. Então, vale o risco para o corrupto.

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