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O deputado Raimundo Ribeiro (PSDB) pediu nesta quarta-feira (3) para deixar de ser relator da CPI da Corrupção da Câmara Legislativa do Distrito Federal, por causa da troca de presidente. Agora, além de não ter presidente, a comissão - que já funciona há dois meses e não ouviu ninguém - perdeu também o relator.

O deputado Batista das Cooperativas (PRP), alegando motivos de saúde, não apareceu na reunião da comissão nesta quarta. Por isso, a escolha do novo presidente, prevista para esta quarta-feira (3), foi adiada para segunda-feira (8).

Ribeiro disse que a indicação do relator é um ato do presidente e, como o que o indicou (Alírio Neto, do PPS) já não está mais na comissão, ele preferiu sair. Questionado se não incomoda o fato de a comissão ainda não ter feito oitivas e estar sem presidente há mais de um mês, Ribeiro afirmou que é "frustrante" ver que não há resultados práticos.

"Se analisarmos pelos resultados, é frustrante. Mas, foi feito um esforço para a oitiva do dr. Durval e ocorreram uma série de fatos que determinaram que a CPI não ocorresse como desejado", afirmou.

Ribeiro visitou nesta terça (2) na Polícia Federal o governador afastado do DF, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM). O deputado disse que Arruda está mais magro, "com barba por fazer" e preocupado com a saúde da filha caçula, Maria Luisa, que teria tido febre nos últimos dias e não teve autorização para visitá-lo na prisão. Além disso, afirmou o Ribeiro, o governador suspeita que esteja com labirintite. O deputado disse que não tratou com Arruda do julgamento do habeas corpus pelo Supremo Tribunal Federal (STF), marcado para quinta-feira (4).

Mensalão do DEM

O escândalo do mensalão do DEM de Brasília, também investigado pela CPI, começou no dia 27 de novembro, quando a Polícia Federal deflagrou a operação Caixa de Pandora. No inquérito, Arruda é apontado como o comandante de um esquema de distribuição de propina a deputados distritais e aliados.

Arruda está preso na superintendência da Polícia Federal desde o dia 11 de fevereiro por ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ), acusado de tentar subornar uma testemunha do caso. O vice-governador, Paulo Octávio, que assumiu o cargo interinamente, renunciou no dia 23 de fevereiro. Com a renúncia, o cargo de governador interino do Distrito Federal foi assumido pelo presidente da Câmara Legislativa, Wilson Lima.

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