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Ana Amélia (PP-RS) | Lia de Paula / Agência Senado
Ana Amélia (PP-RS)| Foto: Lia de Paula / Agência Senado

Pinga-Fogo

"É mais um gesto simbólico. Minha intenção é cumprir o meu papel até o último dia deste mandato."

José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça, que é cotado para uma vaga no STF.

O governo enviou ontem ao Congresso uma mensagem desistindo do pedido de regime de urgência para a tramitação do projeto de lei que altera a meta de superávit fiscal deste ano. A mensagem foi anunciada pela senadora Ana Amélia (PP-RS, foto), que presidia a sessão. A possibilidade de acelerar a discussão da proposta vinha gerando controvérsia entre os parlamentares, já que não havia consenso quanto à aplicação da urgência constitucional. O governo pretende modificar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para, na prática, ter liberdade para manejar o superávit primário, que é a economia feita para se pagar os juros da dívida pública. Na noite de quinta-feira, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), esclareceu, por meio de nota, que a análise da proposição seguiria em tramitação ordinária. Deputados e senadores têm até segunda-feira para apresentar emendas. O relatório de Romero Jucá (PMDB-RR) deve estar pronto no dia seguinte, para ser votado na quarta-feira.

Segredo

A presidente Dilma Rousseff continua determinada a manter o mistério sobre o próximo ministro da Fazenda. Ontem, em Brisbane, na Austrália, onde participa da reunião de cúpula do G20, Dilma saiu a pé do hotel e caminhou alguns metros até um restaurante especializado em carne. Ao voltar do almoço, tendo a seu a seu lado o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini (um dos cotados para o cargo), foi questionada por um jornalista. "A senhora está caminhando ao lado de seu futuro ministro?", questionou ele. Dilma respondeu com a mão por cima da cabeça, num aceno que parecia um "tchau", mas que para alguns foi indecifrável. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, não participou do almoço.

No PMDB?

O presidente do PT, Rui Falcão, disse não acreditar que a ex-ministra da Cultura, Marta Suplicy, sairá do partido para disputar a prefeitura de São Paulo contra Fernando Haddad, em 2016, pelo PMDB ou por outra legenda. "A Marta não vai fazer isso", afirmou Falcão. "Ela é uma companheira valorosa e, se quiser mesmo ser candidata, tem espaço e pode se submeter ao processo de escolha no partido". Marta anunciou a saída do governo na terça-feira, em carta à presidente Dilma Rousseff, em que criticou a política econômica do governo. A exoneração foi publicada no Diário Oficial de quinta-feira.

Fator Erundina

Rui Falcão cita o "fator Erudina" para dizer que Marta Suplicy não deverá deixar o PT para disputar a prefeitura de São Paulo em 2016. "Lembram o que aconteceu com a [Luiza] Erundina? Ela foi para o PSB, concorreu à eleição com o apoio do PMDB, tinha Michel Temer de vice, um bom tempo de TV e quanto ela fez?", perguntou aos repórteres. Ele mesmo respondeu: "3% dos votos". A referência de Falcão era à disputa de 2004, quando Erundina, então ex-prefeita, e Marta perderam a eleição para a prefeitura de São Paulo.

Indignação

Leitores da Gazeta do Povo mostraram indignação com o posicionamento do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), que manteve a condenação contra a agente de trânsito Luciana Silva Tamburini por danos morais contra o juiz João Carlos de Souza Correa. Ela foi condenada por ter dito que "juiz não é Deus" durante fiscalização da Operação Lei Seca, em 2011. "Juiz dá uma ‘carteirada’ e ela que abusa do poder?", indagou o leitor Gleidson Xavier. O leitor Luiz Cezar Velozo relatou indignação semelhante. "Justiça fazendo injustiça. Ai está a demonstração de abuso de poder e proteção da classe. Ora, a policial estava agindo na sua função, e o juiz, infelizmente fora da sua função."

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