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Brasília - A mesa diretora do Senado confirmou ontem a demissão do ex-diretor de Recursos Hu­­­manos da Casa João Carlos Zogh­­bi após a recomendação da comissão disciplinar. Em maio, Zoghbi foi acusado de usar o cargo para beneficiar a empresa do filho que operava com empréstimo consignado do Senado. Diretor por oito anos, ele controlava a folha de pagamento de R$ 2,1 bilhões.

Quinta-feira, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), já havia sinalizado que tomaria essa decisão. Ele afirmou que não iria contrariar os órgãos que investigaram as denúncias contra o ex-diretor.

Segundo a revista Época, o ex-diretor colocou uma ex-babá como sócia majoritária da Contact Assessoria de Crédito. Na verdade, a empresa era de Marcelo Zoghbi, filho do ex-diretor. Apenas por conta de operações de empréstimos entre funcionário do Senado e o Banco Cruzeiro do Sul, a em­­­presa faturou R$ 2,2 milhões.

O caso também foi investigado pela Polícia Federal. Em agosto, Zoghbi foi indiciado sob acusação de ter cometido três crimes: concussão (extorsão praticada por funcionário público), inserção de dados falsos em sistemas de informação e formação de quadrilha.

O advogado de defesa do ex-diretor do Senado, Getúlio Humberto Barbosa de Sá, afirmou que o parecer da comissão apresenta pelo menos nove pontos que podem anular todo o processo. Barbosa de Sá não quis revelar quais seriam as nulidades, mas disse ter certeza que não há nenhuma prova que justifique a demissão de Zoghbi.

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