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O Senado marcou para a próxima quinta-feira a sabatina do procurador Rodrigo Janot na Comissão de Constituição e Justiça da Casa.

Indicado para chefiar o Ministério Público Federal, Janot terá que ser aprovado pela comissão, depois pelo plenário do Senado, para assumir a vaga deixada por Roberto Gurgel na Procuradoria Geral da República.

A expectativa é que a votação no plenário do Senado ocorra somente na primeira semana de setembro, já que tradicionalmente às quintas-feiras o quorum para votação é baixo.

Como o Senado rejeitou duas indicações de procuradores em votação secreta nos últimos dois meses, em retaliação a Gurgel, líderes governistas querem que a votação ocorra somente com o plenário cheio -já que os indicados precisam ter 41 votos favoráveis para serem aprovados.

"Você não pode botar com quorum a votação de autoridades. Precisamos ter pelo menos 65 senadores em plenário. Não podemos manter essa busca de prosperar qualquer acirramento entre os Poderes", disse o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE).

O peemedebista foi escolhido relator da indicação de Janot no Senado. Eunício disse que vai recomendar a aprovação do procurador por considerar que ele tem um bom currículo e posições públicas que atendem aos "anseios da sociedade".

"Ele está à altura de fazer, além do seu trabalho, a interlocução com outros Poderes. Na visita que ele me fez ontem, eu o achei uma pessoa equilibrada, com um currículo fabuloso, além de ter sido o mais votado na lista elaborada por procuradores", afirmou Eunício.

Presidente da CCJ, o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) disse que acelerou a sabatina de Janot para que a Procuradoria Geral da República não fique sem titular por muito tempo, já que Gurgel deixou o cargo na última quinta-feira. "É importante que o Ministério Público não fique sem um comando. A interinidade não dá segurança na condição, embora seja legal", disse Vital. Escolha

Janot era o primeiro colocado na lista tríplice encaminhada à Presidência pela Associação Nacional dos Procuradores da República. A procuradora-geral interina é Helenita Acioli, vice-presidente do Conselho Nacional do Ministério Público.

Janot despontava como favorito no inicio do processo de escolha. Nas últimas semanas, contudo, Dilma reabriu consultas e conversou com os três integrantes da lista. A presidente tinha o desejo de nomear uma mulher para o cargo, mas optou pelo indicado pela categoria.

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