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Aécio e Aloysio: vice foi escolhido dentro do PSDB após falharem as tentativas de atrair um grande partido da base de Dilma para a campanha tucana com a oferta da vaga | Orlando Brito/PSDB
Aécio e Aloysio: vice foi escolhido dentro do PSDB após falharem as tentativas de atrair um grande partido da base de Dilma para a campanha tucana com a oferta da vaga| Foto: Orlando Brito/PSDB

Estratégia

DEM oficializa apoio ao PSDB; senador do RN coordenará campanha

Em convenção realizada ontem em Brasília, o DEM oficializou apoio à candidatura presidencial de Aécio Neves (PSDB). Em contrapartida, Aécio anunciou que o presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), será o coordenador de sua campanha ao Palácio do Planalto. Além disso, a indicação de Agripino dá um peso simbólico ao Nordeste. Aécio disse que vai priorizar o Nordeste se for eleito porque o país precisa "tratar de forma desigual regiões desiguais". "Nosso programa se iniciará pelo Nordeste e digo isso com autoridade de quem como governador de Minas investiu três vezes mais na educação", disse Aécio.

Agripino chegou a ser cotado para vice na chapa de Aécio, mas o PSDB escolheu o tucano Aloysio Nunes Ferreira (SP) para o posto. O senador disse que a coordenação da campanha é algo "natural" pela sua proximidade com Aécio, que também é presidente do PSDB.

Aécio disse que não haverá "qualquer tipo de diferenciação" entre os partidos de sua aliança. "Todos nós temos as mesmas responsabilidades, o mesmo espaço e a mesma determinação para construirmos um projeto novo para o Brasil. Ele terá um papel relevante para todo o país, principalmente no Nordeste."

Além do DEM, o PSDB contará com uma aliança presidencial com a participação do Solidariedade, PTB, PCT, PTN, PMN e PTdoB.

O candidato do PSDB à Pre­sidência da República, Aécio Neves, anunciou ontem que o senador paulista Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) será o vice em sua chapa. A escolha foi baseada na possibilidade de Nunes conquistar votos para a campanha presidencial do PSDB em São Paulo, maior colégio eleitoral do país. O senador paulista obteve uma votação histórica na última eleição, quando conquistou 11,1 milhões de votos no estado.

Apesar disso, a indicação do senador foi a segunda opção do PSDB para a vaga. Ele foi escolhido após fracassarem as tentativas de Aécio de usar a vaga de vice para atrair um partido de porte grande para a sua coligação – especialmente o PSD do ex-prefeito paulistano Gilberto Kassab. Mas Kassab fechou aliança com a presidente Dilma Rousseff (PT) e será candidato ao Senado na chapa de Paulo Skaf (PMDB) ao governo de São Paulo.

A indicação de Aloysio Nunes para vice de Aécio passou pelo crivo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

O senador paulista tem 69 anos e é ex-deputado estadual, federal, ministro por duas vezes na gestão FHC (Justiça e Secretaria-Geral da Presidência) e secretário de José Serra na prefeitura de São Paulo e no governo do estado. Ele é considerado próximo a Serra. Sua indicação é mais um movimento da ala mineira do PSDB para obter o apoio dos tucanos paulistas, que preferiam que Serra fosse o candidato do partido à Presidência.

Segundo Aécio, a razão da escolha de Aloysio Nunes não é a conveniência da campanha, mas o "interesse do Brasil". "A indicação é uma homenagem à coerência, matéria essencial na vida pública", acrescentou.

Calcanhar de Aquiles

Em depoimento à Polícia Federal, o principal delator do caso que apura suspeita de formação de cartel e corrupção no metrô de São Paulo citou Aloysio como um dos políticos que tinham "conexão" com as empresas suspeitas. Ao analisar o inquérito, o ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello excluiu o senador do caso por entender que não há indícios suficientes contra ele. O vice de Aécio sempre negou enfaticamente seu envolvimento com o caso.

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