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Cada vez que o senador Paulo Paim (PT-RS) faz uma vigília no plenário para defender seus projetos de recuperação da renda dos aposentados, o Senado tem uma despesa estimada em R$ 45 mil. É que a vigília mobiliza boa parte da estrutura do Senado. Aumentam as despesas com luz e ar condicionado, e os funcionários, como seguranças, copeiras e taquígrafos, fazem hora extra.

Nesta quarta-feira (3), Paim fez a terceira vigília. Além de autorizar a despesa, o presidente da Casa, Garibaldi Alves (PMDB-RN), apoiou a iniciativa. Ele presidiu a sessão da vigília até perto da meia-noite, quando desculpou-se com os colegas e com os aposentados presentes na galeria e explicou que precisava sair para "comer alguma coisa".

Garibaldi foi aplaudido quando falou da situação de seu pai, aposentado de 85 anos. Contou que ele - também chamado Garibaldi - pagou por vários anos a Previdência para obter uma aposentadoria de 10 salários mínimos, mas que hoje, com a desvalorização do benefício, recebe o equivalente a 2 salários mínimos.

O senador chegou a repetir o poeta português Fernando Pessoa - "tudo vale a pena se a alma não é pequena" - ao desejar "pleno êxito" ao movimento da vigília. O senador mostrou que a mobilização a favor dos projetos - todos eles de sua autoria - contagiou parlamentares de todos os partidos.

Paim entregou aos deputados presentes cópia dos três projetos, já aprovados no Senado, que aguardam votação na Câmara São eles: o que estende o reajuste do salário mínimo a pensões e aposentadorias; o que acaba com o fator previdenciária e o que recompõe o valor de compra dos benefícios. Para o senador Raimundo Colombo (DEM-SC), a vigília atendeu plenamente o objetivo. Ele disse ter recebido ontem um grande número de e-mails de todo o País se solidarizando com a iniciativa.

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