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Demóstenes Torres: num primeiro momento, senadores prestaram solidariedade ao parlamentar | José Cruz/ABr
Demóstenes Torres: num primeiro momento, senadores prestaram solidariedade ao parlamentar| Foto: José Cruz/ABr

Três senadores subiram à tribuna do Senado ontem para cobrar ex­­­plicações do senador Demós­­­tenes Torres (GO), líder do DEM na Casa,> Ele foi gravado pela Polícia Federal em conversas com o empresário de jogos Carlinhos Cachoei­­­ra – preso na operação Monte Carlo acusado de chefiar uma quadrilha que explorava caça-níqueis. Numa das conversas, Demóstenes aparece pedindo que Cachoeira o ajude a pagar R$ 3 mil com despesas com táxi-aéreo.

Pedro Taques (PDT-MT), Ana Amélia Lemos (PP-RS) e Jorge Viana (PT-AC) pediram que o senador faça um novo pronunciamento ao Senado com a sua versão dos fatos, como forma de resgatar a imagem do Legislativo. Os três senadores haviam saído em defesa de De­­­móstenes no dia 6 de março, quando o líder do DEM no Senado ,subiu à tribuna para apresentar sua versão sobre as primeiras denúncias que o ligam a Cachoeira. Na ocasião, 44 senadores prestaram solidariedade ao democrata em apartes ao seu discurso.

Com novas acusações contra o senador, os três mudaram o tom – e passaram a cobrar explicações. "Não podemos tampar o sol com a peneira. O caso é grave. Esta Casa da federação não terá moral para convidar, intimar qualquer cidadão a depor em suas comissões se nós não ouvirmos os esclarecimentos do senador Demóstenes", afirmou Taques.

Para Jorge Viana, Demóstenes deve fazer um novo pronuncia­­­men­­­to na tribuna do Senado para apresentar sua versão dos fatos. "Eu fui um dos que falei que achava importante a manifestação dele que, pelas atitudes que têm tomado, era merecedor do meu respeito. De lá para cá, a situação tem se agravado fortemente", disse o petista.

O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) disse que a investigação que liga Demóstenes a Cachoeira, "cria um grande constrangimento". Segundo o senador tucano, é preciso aguardar a conclusão da investigação, mas a situação demonstrado em inquérito, "cala um pouco uma das vozes mais fortes e autorizadas da oposição."

Questionado sobre a viabilidade de uma CPI no Senado para investigar as relações de políticos com Cachoeira, Alvaro afirmou que seria "ridículo" porque o inquérito da Operação Monte Carlo, que flagrou telefonemas entre os dois, é de 2009.

Presente

Demóstenes admite que recebeu de Cachoeira um telefone especial para conversas entre os dois. O democrata também ganhou de Cachoeira um fogão e uma geladeira, presentes que, segundo Demóstenes, foram oferecidos por um "amigo" quando se casou, no ano passado.

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