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O auxiliar de produção Gleivson Flavio de Sales, de 24 anos, criminoso que manteve mãe e filhos reféns por 56 horas, em Campinas, é acusado de tentar matar oito pessoas e de participar do assassinato de uma. Os crimes ocorreram num intervalo de menos de quatro meses, em 2003.

A figura dócil e educada descrita pelas crianças que ele manteve em cárcere privado contrasta bastante com a que disparou tiros de revólver contra as vítimas de 2003. O primeiro crime do qual o auxiliar, que tem o apelido de Madruga, é acusado ocorreu em 28 de março de 2003, quando ele teria tentado matar U.L. Cinco dias depois, a vítima foi J.P.M.P., que também sobreviveu.

De acordo com a polícia, Gleivson surpreendeu a todos pela inteligência. Ele conseguiu mobilizar a polícia de Campinas por vários dias. Ele tem segundo grau completo, escreve bem e é resistente. Em 2005, ele fugiu do Complexo Penitenciário Campinas Hortolândia por um túnel.

Gleivson e outros três comparsas são acusados de matar Derci da Silva a tiros, em Campinas, em março de 2005, segundo ocorrência registrada no 12º distrito policial da cidade. Minutos depois, eles atiraram em D.C. que foi atingido pelos disparos do grupo, mas sobreviveu. Em 7 de agosto, acompanhado de um mesmo comparsa do crime anterior, ele tentou matar cinco pessoas. A dupla, no entanto, errou a pontaria.

Disputa seria motivo de crime

A denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) contra Gleivson de Sales, o Madruga, e outros três homens acusados do assassinato de Derci da Silva, em 5 de junho de 2003, afirma que o motivo do crime foi uma disputa por um ponto de tráfico de entorpecentes.

A informação é de uma testemunha protegida da Justiça. Um sobrevivente do ataque reconheceu Madruga e os suspeitos Paulo Rogério Gama, o Brioso, Sidnei Paulino Landes, o Nei, e Fernando Daniel Lopes, o Fumaça, como os autores do disparo contra Derci. Todos os acusados negam participação do assassinato.

No dia 7 de agosto, Nei e Gleivson teriam efetuado disparos contra cinco jovens. Outro suspeito, o promotor de vendas Daniel Tavares Pereira, teria ajudado a dupla, levando-os em seu carro até o local do crime, em Campinas. Segundo o MPE, os cinco foram atacados porque eram amigos de Derci, que foi assassinada dias antes. O julgamento será marcado.

Gleivson diz que é viciado em drogas e, para comprá-las, entrou no mundo do crime.

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