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O candidato do PSDB à sucessão presidencial, José Serra, acusou nesta terça-feira (22) o governo federal de não ter um plano de combate às drogas. Para o tucano, o Brasil demanda uma ação coordenada, e não de iniciativas "de ocasião". "Houve um anúncio (do governo federal). Não se pode dizer que é um plano", disse Serra, após visitar uma clínica que funciona em parceria com o governo de São Paulo em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. "Falta uma ação abrangente e profunda (do governo federal)", acrescentou.

A visita à unidade de saúde ocorreu um dia depois de o candidato ter acusado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de usar a máquina pública em favor da candidata do PT, Dilma Rousseff. Serra disse ontem que o lançamento do Plano Nacional de Enfrentamento ao Crack, feito por Lula em maio, tinha objetivo eleitoral.

A convite de médicos do Hospital Lacan, onde funciona a clínica, Serra foi conhecer a unidade, e conversou com pacientes internados e se reuniu com a direção da instituição. O candidato desceu do carro com um microfone de lapela fixado no paletó e a visita foi acompanhada por uma equipe da produtora contratada por sua campanha. De acordo com o tucano, para cada paciente internado na clínica, o Sistema Único de Saúde (SUS) paga ao hospital R$ 1.138 por mês. Já o governo estadual desembolsa R$ 3.000.

"Os recursos que o SUS dá são totalmente insuficientes para a manutenção da entidade e há (por parte do Ministério da Saúde) uma permanente pressão contra a existência de unidades especializadas no tratamento de dependentes químicos", disse Serra, que criticou ainda outro ponto do programa anunciado no mês passado por Lula: "Os consultórios de rua são considerados inócuos pelos especialistas."

Agenda

O candidato cancelou viagens que estavam previstas em sua agenda para as festas juninas no Nordeste, por conta das chuvas que atingiram os Estados de Pernambuco e Alagoas. Serra expressou solidariedade pelas vítimas da tragédia e disse já ter conversado com o governador de São Paulo, Alberto Goldman, que enviará ajuda aos Estados afetados, como homens do Corpo de Bombeiros.

O tucano repetiu a promessa da criação de uma Força Nacional permanente treinada para agir em casos de calamidade. "Nenhum Estado aguenta enfrentar sozinho uma calamidade", disse o candidato. Serra defendeu ainda um diagnóstico nacional das áreas de risco e que se dê prioridade às famílias que vivem nessas localidades por meio de iniciativas de moradia popular em regiões seguras.

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