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Num discurso de cerca de 40 minutos na convenção do PSDB, em Salvador (BA), que homologou seu nome como candidato à Presidência da República, o ex-governador José Serra usou de críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do PT para marcar posição em relação a sua principal adversária, a ex-ministra Dilma Rousseff (PT).

Sem citar nomes, Serra fez críticas aos "neo-corruptos", disse que não tem "esquemas, patotas, esquadrões de militantes pagos com dinheiro público" e afirmou que honestidade tem que ser compromisso e não "programa de governo".

"Acredito que são os homens que corrompem o poder, e não o poder aos homens. Quem justifica deslizes morais dizendo que está fazendo o mesmo que outros fizeram, ou que foi levado a isso pelas circunstâncias, deve merecer o repúdio da sociedade. São os neo-corruptos", afirmou.

Serra começou seu discurso na convenção nacional do PSDB, em Salvador, afirmando que aceita a indicação e arrancando aplausos da platéia. A primeira parte de seu discurso foi direcionada às críticas ao atual governo.

O tucano defendeu a liberdade de imprensa, a democracia e fez menção a escândalos ocorridos na gestão Lula. "Acredito no Congresso Nacional como a principal arena do debate político, da negociação responsável sobre novas leis e não como arena de mensalões, de compra de votos", disse.

Em outro momento, fez referência indireta ao presidente Lula utilizando o exemplo de outro Luiz, o rei francês iluminista Luis XIV.

"O tempo dos chefes de governo que acreditavam personificar o Estado ficou para trás há mais de 300 anos. Luis XIV achava que o estado era ele. Nas democracias e no Brasil não há lugar para luises assim". Antes dele, o ex-governador mineiro Aécio Neves disse, em seu discurso na convenção, que o país não foi a "construção solitária de um messias".

Em relação a Dilma, o tucano disse que não caiu de "paraquedas" na política e avisou: "comigo, vocês não vão ter surpresas". "Tenho uma cara só", disse.

Serra utilizou a segunda metade de seu discurso para apresentar seu currículo e suas visões sobre políticas públicas. Prometeu acabar com a miséria e reivindicou o crédito pelo Bolsa Família para o governo FHC, dizendo que irá ampliar o programa. O tucano falou rapidamente sobre outras áreas, defendeu um compromisso com a educação, com a geração de empregos.

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