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O candidato à Presidência pelo PSDB, José Serra, comentou neste sábado (11) o suposto escândalo envolvendo a ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, seu filho Israel e dois servidores do ministério. Reportagem da revista "Veja" diz que Isarel Guerra, com a ajuda da mãe, intermediou contratos dos Correios com uma empresa mediante pagamento de propina. Por meio de nota, a ministra negou as acusações e disse que vai acionar a revista judicialmente.

Segundo Serra, a denúncia envolvendo Erenice e o filho é "gravíssima". "O Brasil tem que mudar e a época da eleição é o momento para promover estas mudanças. Não é possível que alguns candidatos e alguns partidos achem natural esse processo de corrupção em nosso país. Não é natural, não. Nós podemos mudar isso. Podemos mudar com eleição", disse Serra, durante visita a Goiânia, onde participou de comício seguido de carreata na capital e em duas cidades do interior, Piracanjuba e Morrinhos.

O candidato tucano criticou a Casa Civil do governo Lula. "A Casa Civil tem sido um foco de problemas para o Brasil. Eu lembro que, no caso do mensalão, na época do José Dirceu, foi o centro de escândalo. Depois, esteve a Dilma, que deixou seu braço direito, uma pessoa muito próxima, e hoje de novo, o centro da maracutaia é a Casa Civil."

Serra defendeu investigação e punição dos responsáveis pelo suposto esquema de propina em contratos públicos. "Essas denúncias devem ser apuradas e tem que haver punição para os responsáveis. E não diversionismo e ocultamento. Para se terminar com estes escândalos que fazem pouco do povo brasileiro, só mesmo a eleição".

"Eu me apresento com o candidato conhecido, que tem história, e são 27 anos do Brasil em que eu ocupo cargos públicos", disse Serra, elencando sua trajetória política e afirmando que a vida dele "é um livro aberto". "Um livro aberto mesmo. De resto vocês têm na outra candidatura um envelope fechado", disse.

O caso

Reportagem da edição deste final de semana da revista "Veja"afirma que o empresário Fábio Baracat, dono da empresa de transporte aéreo Via Net, participou de reuniões com a ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, intermediadas pelo filho da ministra, Israel Guerra, dono da consultoria Capital. A finalidade, segundo a publicação, era fechar um contrato de prestação de serviços entre a empresa e os Correios.

Segundo a revista, na negociação, foi cobrada do empresário uma propina de 6% para o fechamento do contrato. De acordo com a publicação, seria destinada a saldar "compromissos políticos". Além da suposta propina, intitulada "taxa de sucesso", assessores da Casa Civil teriam exigido pagamentos mensais, diz o texto.

Em nota divulgada na tarde deste sábado, a ministra afirma que adotará medidas judiciais contra a revista "Veja", que, segundo ela, será acionada por danos morais. Erenice Guerra também diz que pedirá à Justiça direito de resposta.

A ministra afirma na nota que coloca à disposição das autoridades os sigilos fiscal, bancário e telefônico dela e de todos os familiares. "Sinto-me atacada em minha honra pessoal e ultrajada pelas mentiras publicadas sem a menor base em provas ou em sustentação na verdade dos fatos", diz no texto.

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