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A Convenção Nacional do PSDB marcou, neste sábado (28), o enfraquecimento dos poderes do ex-governador José Serra dentro do partido. Depois de horas de reuniões, os tucanos decidiram que ele ficará no comando do Conselho Político, que ainda será criado pelo presidente da legenda, Sérgio Guerra (PE).

Serra queria assumir a presidência do Instituto Teotônio Vilela (ITV), entidade de estudos e formação política do partido, mas o cargo será ocupado pelo ex-senador cearense Tasso Jereissati.

Além de Serra, participarão do conselho o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o senador mineiro Aécio Neves, o governador de Goiás, Marconi Perillo, e Guerra.

Serra vinha articulando postos na Comissão Executiva em favor de aliados, como o ex-governador de São Paulo, Alberto Goldman, mas também não teve êxito.

Ao chegar ao local da convenção, em Brasília, as lideranças tucanas se esforçaram para demonstrar unidade depois de passar horas desde sexta-feira em reuniões até chegar a um acordo para formação da nova Comissão Executiva.

FHC, o senador Aécio Neves e Serra entraram juntos na convenção e evitaram dar declarações. Pela manhã, Serra permaneceu em um hotel de Brasília, enquanto os demais tucanos reuniram-se em uma casa para discutir o formato final do comando partidário.

O candidato derrotado nas últimas eleições presidenciais só se juntou à cúpula instantes antes de ir à convenção. O senador paulista Aloysio Nunes Ferreira disse à Reuters que Serra ficou "satisfeito" com o comando do Conselho Político, cujo papel ainda não está definido.

"É uma boa solução, tem que olhar o conjunto (do que foi decidido)", afirmou ao chegar à convenção.

O PSDB vive um dos momentos mais efervescentes desde a sua fundação, em 1988, e não está acostumado a expor suas divergências internas como ocorreu nos últimos meses. Tucanos ligados a Serra chegaram a ameaçar ir à Justiça para cancelar a convenção.

Parte dessa disputa interna tensa é atribuída por alguns tucanos às pretensões eleitorais de Serra e Aécio em 2014.

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