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Os servidores municipais de Araucária, região metropolitana de Curitiba, cruzam os braços por 24 horas nesta terça-feira (27), para tentar forçar a Prefeitura da cidade a negociar reajustes e melhorias nos benefícios da categoria. A manifestação prejudica o funcionamento de postos de saúde, escolas e secretarias, conforme informações do sindicato da classe trabalhista. A prefeitura não tinha,até as 11 horas, informações sobre o impacto do movimento.

A coordenadora do Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Araucária (Sismar), Giovana Piletti, estima que 80% dos 5 mil servidores da cidade tenham aderido à manifestação. Integram o protesto, segundo ela, profissionais como professores, médicos, enfermeiros e auxiliares administrativos, entre outros. Ela esclarece que algumas escolas, pela manhã, abriram apenas para aplicar a prova da Olimpíada de Matemática e, em seguida, dispensaram os alunos.

A data-base da categoria, mês em que tradicionalmente ocorre a negociação salarial, é junho. O protesto ocorreu antes da entrada do mês porque, de acordo com Giovana, a negociação estaria emperrada. "Ontem [segunda], a secretaria de governo avisou sindicato de que não estaria disposta a discutir e que não faria nenhuma agenda. Hoje à tarde [terça] vamos fazer uma assembleia e pode haver aprovação de greve de todos os servidores com início depois do recesso do magistério para a Copa, no dia 14 de julho."

Até o momento, segundo Giovana, a prefeitura ofereceu à categoria a reposição da inflação a ser reajustada em duas parcelas em novembro e dezembro. Esse reajuste ocorreria sem o pagamento retroativo dos meses a partir da data-base. Os manifestantes reprovaram a proposta em assembleia. Eles pedem, além de um aumento maior, uma posição sobre promoções não concretizadas e um reajuste no vale-alimentação.

Prefeitura alega problemas para fechar as contas

Em nota, a Prefeitura de Araucária alegou que enfrenta uma das piores crises financeiras da história e que não pode fornecer os benefícios solicitados pelos funcionários. Sobre a proposta, o órgão informou que ofereceu 6% do aumento (3% em novembro e 3% em dezembro). Além disso, a proposta da prefeitura prevê uma transferência do pagamento da 1ª parcela do 13º salário, feita tradicionalmente em junho, para julho. No documento, a entidade diz que lamenta a decisão de o sindicato não ter aceitado a proposta e os transtornos à população, além de reiterar que o "dia de paralisação deve ser considerado de falta do servidor, que terá valor o descontado."

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