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Curitiba e São Paulo – A greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) deve ser encerrada hoje em todo o país. Depois do acordo fechado no fim de semana com o Ministério do Trabalho, a orientação da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistências Social (Fenasps) é que as assembléias estaduais votem pelo fim da greve. No Paraná, a assembléia está marcada para hoje, às 9 horas, em Curitiba. De acordo com Nelson Malinowski, um dos líderes do movimento, é praticamente certo que os grevistas votem pelo fim da paralisação, iniciada no dia 2 de junho.

Das 52 agências do INSS do Paraná, apenas as agências de Shangrilá, em Londrina, e Apucarana permaneceram fechadas durante a greve. As demais estavam funcionando parcialmente, deixando apenas de atender a pedidos de aposentadoria. Assim, o retorno às atividades não deverá ser muito tumultuado. Mesmo assim, a gerência regional do INSS e o sindicato recomendam que as pessoas que pretendam ingressar com pedidos de aposentadoria evitem ir à agência nos primeiros dias após o fim da greve, para evitar filas. Segundo a gerência do instituto, por causa da greve, os benefícios concedidos são retroativos ao dia que o trabalhador deveria recebê-lo. Para tanto, o segurado tem 90 dias após o fim da greve para entrar com o pedido.

O acordo também prevê que os funcionários trabalhem duas horas a mais por dia e também aos sábados, para repor os dias parados e, assim, evitar o desconto na folha de pagamento. A gerência do INSS irá definir nesta semana se irá ampliar o horário de atendimento ao público nas agências no Paraná. O mais provável é que o horário – normalmente das 8 às 14 horas – seja estendido até as 16 h.

Para encerrar a greve, governo e servidores costuraram uma proposta intermediária, que inclui uma verba para gratificação de R$ 140 milhões a partir de 2006, dividida em duas partes: R$ 54 milhões fixos e R$ 86 milhões vinculados à metas de produtividade. Na prática, segundo Malinowski, isso representara um aumento de R$ 100 a R$ 300 para cada servidor.

Além disso, o governo aceitou estender para os servidores do trabalho e da saúde um passivo trabalhista de 47,11%, que havia sido dado aos funcionários do INSS em 2003. Essa diferença será paga em 12 parcelas semestrais ao longo de seis anos. Outra conquista comemorada pelos grevistas, segundo Malinowski, foi a promessa de se fazer, entre outubro desde ano e julho de 2006, uma reestruração da carreira do servidor – o que, segundo o sindicalista, não ocorre há 30 anos.

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