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Paraná

Servidores protestam contra criação da Fundação Estatal de Saúde

Manifestações ocorrem na Secretaria de Saúde, onde está sendo realizada uma reunião para expor detalhes do projeto que institui a fundação

 | Antônio More / Agência de Notícias Gazeta do Povo
(Foto: Antônio More / Agência de Notícias Gazeta do Povo)

Cerca de 80 pessoas ligadas ao Sindicato dos Trabalhadores da Saúde Pública do Paraná (SindSaúde) e ao Fórum das Entidades Sindicais, que representa 17 sindicatos, participam, nesta quinta-feira (13), de um protesto contra o projeto que cria a Fundação Estatal de Saúde (Funeas), no Paraná. A manifestação é na Secretaria de Saúde (Sesa), onde é realizada uma reunião extraordinária do Conselho Estadual de Saúde para a exposição, por parte do governo estadual, dos detalhes do projeto da fundação.

Contrários à criação da Funeas, os manifestantes, que representam diversas entidades sindicais do estado, compareceram à secretaria antes do início da reunião do conselho, que começou às 8h30, a portas fechadas. Pouco antes das 9h, parte dos ativistas empurrou as portas e conseguiu entrar no auditório.

Apesar da entrada inesperada, a reunião prosseguiu normalmente, até que os sindicalistas começaram a se manifestar. Com aplausos, eles interrompiam as falas. Neste meio tempo, uma integrante do conselho – que é composto por representantes de várias categorias ligadas à saúde pública no estado – passou mal por causa do excesso de calor no auditório, e o encontro teve que ser interrompido por alguns minutos. Por volta das 10h15, a sessão continuava parada.

De acordo com a Sesa, não se trata de uma reunião para discutir a implantação da Funeas, mas sim, para apresentar o projeto ao conselho. Em dezembro, o grupo alegou que a proposta foi encaminhada à Assembleia Legislativa antes de ser formalmente apresentada ao conselho, o que motivou a reunião desta quinta.

A criação da Funeas foi proposta no final do ano passado. Caso seja aprovado o projeto, a fundação seria um organismo da Administração Pública Indireta, com maior autonomia orçamentária e financeira do que a administração direta e com a possibilidade de contratar funcionários pelo regime de CLT, como médicos - por exemplo. O governo argumenta que essa fundação tornaria a contratação de médicos mais ágil, mas a oposição considera que existe o risco de repassar o controle da saúde a entidades privadas.

Já para o SindSaúde, a Funeas seria uma maneira de o estado repassar o controle da área da saúde para uma entidade privada.

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