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O presidente da Câmara Municipal de Campo Magro, vereador Odair Cordeiro (PMDB), confirmou para esta quarta-feira (1), às 14h, a sessão que vai votar se o prefeito do município, José Pase (PMN), será ou não cassado. Na última quinta-feira (26), o chefe do Executivo de Campo Magro, cidade da região metropolitana de Curitiba, conseguiu um mandado de segurança suspendendo a sessão que poderia decidir o futuro da administração do município.

Segundo a assessoria da prefeitura, Pase e os advogados não foram intimados pessoalmente a participar da sessão na semana passada, o que permitiu que uma determinação da Justiça suspendesse os trabalhos. De acordo com Cordeiro, o prefeito ainda não foi localizado para receber a intimação, mas como um dos advogados foi intimado nos últimos dias, a sessão foi confirmada para esta quarta-feira.

Na segunda-feira (30), uma faixa com a frase "Procura-se José Pase" foi colocada na entrada do município. A "busca" pelo prefeito começou desde a semana passada quando Pase não foi mais visto pela cidade. Cordeiro informou que a faixa não estava mais no local nesta terça-feira, mas não soube dizer quem foi o responsável por colocar e retirar o objeto.

De acordo com o diretor municipal de Relações Públicas do município, Marcos Ribeiro, o prefeito tinha compromissos em Brasília e viajou para a capital federal na última semana para "trabalhar para a prefeitura" no local.

Segundo Ribeiro, os vereadores deveriam ter consultado o prefeito para saber da disponibilidade dele antes de agendar as sessões plenárias. Para o presidente da Câmara, Pase está "arrumando saídas para fugir da intimação". Mesmo assim, ele acredita que, após a intimação do advogado, a sessão poderá transcorrer normalmente nesta quarta-feira.

O vereador destaca que o prefeito terá que deixar o cargo caso dois terços dos nove vereadores (seis) de Campo Magro votem pela cassação.

Denúncias

As denúncias contra Pase envolvem irregularidades no diário oficial do município, na contratação por quatro meses de uma empresa terceirizada por quase R$ 2,5 milhões, locação de uma caminhonete por R$ 5,2 mil por mês e o aluguel de veículos supostamente superfaturados para a prefeitura.

O presidente da Câmara informou que as denúncias foram feitas por um ex-funcionário da prefeitura. Em março, quando a Gazeta do Povo divulgou que as supostas irregularidades seriam investigadas, a prefeitura disse que "todo tipo de contratação de serviços, mão de obra, aquisição de produtos, locação de veículos ou equipamentos feita pela prefeitura possuem processos licitatórios de acordo com a lei e estão coerentes com os valores praticados pelo mercado".

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