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Um laudo do Instituto de Criminalística da Polícia Civil de São Paulo atestou que o contínuo Cícero Augustinho da Silva, de 60 anos, sétima vítima da tragédia no Metrô a ser resgatada dos escombros, levava no bolso, ao cair no buraco, treze papelotes de cocaína. Um exame comprovou que o pó branco encontrado com o corpo é cocaína.

A substância foi achada pelo Instituto Médico-Legal, ao fazer o exame no corpo retirado da cratera pelo Corpo de Bombeiros, na noite da última quinta-feira. A família de Cícero se disse indignada com a informação e reclamou que, no momento em que foram retirados os pertences dos bolsos do contínuo, não havia a presença de parentes ou advogados.

Mas o delegado Domingos Paulo Neto, diretor-geral da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), disse que a polícia já sabia que Cícero era traficante de drogas. Ao investigar os passos do contínuo antes do acidente, para tentar descobrir se era possível que ele tivesse caído na cratera, os policiais acabaram conversando com pessoas que se disseram dependentes de droga e informaram ter comprado cocaína de Cícero.

— Nós quebramos o sigilo telefônico do celular do Cícero e chegamos a pessoas que confessaram ter comprado cocaína dele algumas vezes — disse Paulo Neto.

Na quinta-feira, após a retirada do corpo na linha 4 do Metrô paulista, a polícia registrou a presença dos papelotes nos bolsos de Cícero. O resultado do laudo também foi registrado pela 14ª Delegacia de Policial. Além dos papelotes, foram encontrados nas roupas de Cícero R$ 105 em espécie e documentos em uma carteira de couro.

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