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Em pronunciamento no plenário, o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), tentou se defender da acusação de tentar impedir a cassação de parlamentares que receberam dinheiro do empresário Marcos Valério. Severino disse que não há "operação abafa nem pizza" e acusou algumas pessoas de darem declarações de má-fé que desvirtuam o regimento da Câmara.

Severino repetiu que o regimento diz que os pedidos de cassação feitos pelas CPIs têm que passar pela Mesa da Câmara, depois seguem para a Corregedoria, que emitirá parecer, só então voltando à Mesa, que decide se envia o pedido ao Conselho de Ética. Severino reafirmou que vai ser o árbitro do processo e que está no comando da Câmara.

- Não sou leviano, nem irresponsável e muito menos desequilibrado. Aqueles que pensam que deixarei levar inocentes ao cadafalso só por desvario de ouvir soar as trombetas eu não deixarei - afirmou.

Severino disse que todos conhecem as regras e que a Presidência da Câmara zelará para que os inocentes não sejam castigados.

- Saibam todos que enquanto eu estiver aqui essa Casa terá comando - afirmou.

O pronunciamento provocou forte reação dos parlamentares. Depois de pedir a palavras várias vezes, o deputado Fernando Gabeira disse que Severino usa a presidência de forma indigna e que não é compatível com o cargo, o qual estaria usando para interceder em favor da empresa Gameleira, acusada de explorar mão-de-obra escrava.

- Vossa Excelência está em contradição com o Brasil. A sua presidência é um desastre para o Brasil. Ou fica calado ou iniciamos um movimento para retirá-lo do cargo - disse Gabeira.

Severino reagiu aos berros:

- Vossa Excelência, recolha-se a sua insignificância. Não aceito as suas palavras.

Os deputados do baixo clero saíram em defesa de Severino.

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