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Além da indefinição em relação à política de alianças o PPB, PSB, PDT, PTB e PL também estão em situação de risco no ranking das legendas que podem esbarrar na cláusula de barreiras nas eleições de 2006. Na disputa de 2002, esse mesmo grupo enfrentou dificuldades em atingir o porcentual mínimo de 5% dos votos válidos, a chamada cláusula de barreira.

A avaliação otimista dos dirigentes de partidos é que o susto da eleição passada não deve se repetir no próximo ano. O PL, que obteve 4,3 % dos votos, teve que incorporar o PST e o PGT para alcançar o patamar mínimo exigido por lei. A situação agora é outra. "Elegemos 26 deputados federais e agora nossa bancada tem 38. Acredito que o desempenho vai ser bom em 2006, chegando a 40 deputados eleitos, o que nos dá voto de sobra para atingir a cláusula de barreira", disse o presidente estadual do PL, deputado federal, Oliveira Filho.

O PTB é outro que alcançou apenas 4,6% de votos válidos. Apesar da saída de lideranças de peso do partido depois do escândalo detonado pelo ex-presidente nacional da legenda, o deputado federal cassado Roberto Jefferson, as lideranças no Paraná acreditam que os reflexos da crise não vão refletir nas urnas. "Não existe essa preocupação, temos certeza que vamos atingir mais de 5% dos votos", disse o deputado federal Alex Canziani, presidente estadual do PTB.

Canziani defende a manutenção da cláusula de barreiras e é contra a diminuição do porcentual para 2%, tese defendida por deputados federais de legendas menores que temem ser prejudicados pela restrição legal. A proposta pode ser votada no Congresso Nacional até o fim do ano.

No PP, o melhor posicionado entre as siglas da zona de risco, com 7,8%, o presidente estadual, deputado federal Dilceu Sperafico, avalia que o partido fecha o prazo de filiações com uma bancada ainda maior e com estrutura em mais estados. Sperafico, assim como Canziani, defende a atual regra.

Para o presidente municipal do PP, vereador Ney Leprevost, o partido é a quarta maior bancada do Congresso Nacional, com 54 parlamentares, tem tempo de televisão e não existe preocupação de não atingir votação expressiva nas eleições.

Para Leprevost, o PP sofreu desgaste por causa da polêmica envolvendo o ex-presidente da Câmara Severino Cavalcanti, mas como o deputado já renunciou, o vereador avalia que ele deixou de ser garoto propaganda do partido, prática adotada de forma equivocada por lideranças nacionais. "A grande maioria que compõe o PP é formada por pessoas que têm participação política forte nas suas regiões e o partido não vai ficar abalado porque a população sabe separar o joio do trigo. A maior parte das lideranças não tem nada a ver com a corrupção desenfreada, inclusive eu sou do PP e nunca apoiei o governo Lula. Nem votei para ele", disse o vereador.

Para o presidente estadual do PDT, senador Osmar Dias, por estar no limiar da cláusula de barreiras é que o partido está priorizando as candidaturas nos estados e não deve se coligar no plano nacional para não atrapalhar as alianças locais. O senador acredita que a cláusula será reduzida para 2% pelo Congresso Nacional e na quebra da verticalização das alianças, o que deixa o PDT numa situação mais tranqüila.

No PSB, que passou raspando com 5,2% dos votos, o presidente estadual Severino Araújo prevê que o partido está mais preparado do que na eleição anterior, "consistente, com densidade eleitoral e chances de ficar numa posição confortável" em relação a 2002. "Trabalhamos durante quatro anos, empenhados para direcionar o partido a alcançar o desempenho exigido por lei", afirmou Araújo. O PSB está preparando uma chapa com 23 candidatos a deputado federal.

Na lista dos partidos que estão livres do risco de não cumprir a cláusula de barreira estão o PT, PSDB, PFL e PMDB.

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