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Apesar da indefinição que cerca as candidaturas ao governo do estado, os principais partidos do Paraná já estão decididos a lançar o maior número possível de candidatos nas eleições proporcionais, para o Legislativo. A decisão segue a tendência dos últimos quatro pleitos, nos quais a quantidade de postulantes aos cargos de deputado estadual e federal cresceu a cada disputa. Partindo do prognóstico traçado pelos líderes partidários, há grandes chances de as eleições deste ano ao Legislativo ultrapassarem os mil candidatos, que brigarão por 84 vagas no Paraná.

De acordo com a legislação eleitoral, partidos que disputam as eleições proporcionais com chapa puro-sangue podem apresentar até 81 candidatos para deputado estadual e 45 para federal. Já as coligações podem registrar até 108 candidatos para deputado estadual e 60 para federal. O objetivo das legendas é, se possível, preencher todas as vagas permitidas pela Justiça, uma vez que o total de votos recebidos pelo partido influencia diretamente no cálculo do chamado quociente partidário. Por esse índice, quanto mais votos os candidatos da legenda receberem – mesmo aqueles que não acabem eleitos –, maior será o número de cadeiras conquistadas pelo partido.

Legenda do Paraná que teve o maior número de postulantes ao Legislativo nas eleições de 2006, o PPS já conta com 87 pré-candidatos a deputado estadual. Portanto, se o partido decidir formar uma chapa puro-sangue nas eleições proporcionais deste ano, será preciso cortar pelo menos seis nomes dessa pré-lista. "Nesse cenário, teremos que cortar candidaturas, o que é até ruim para o partido. Mas ainda iremos discutir possíveis coligações com mais profundidade", afirmou o presidente estadual do partido, Rubens Bueno.

O PSC é outro partido que pretende preencher todas as vagas a que tem direito nas eleições proporcionais. Para evitar que pré-candidatos menos conhecidos tenham de ser excluídos da disputa por falta de vagas na chapa, a legenda não irá se coligar a outros partidos. "Montamos uma chapa bem democrática, com oportunidade para candidatos com menos votos. A grande dificuldade é que partidos com muitos parlamentares eleitos afugentam candidatos menores, e nós vencemos essa dificuldade", disse o presidente do PSC no estado, o deputado federal Ratinho Júnior.

Disputa acirrada

A maior disputa pelas vagas de candidato a deputado estadual e federal deverá ocorrer na chapa encabeçada pelo PSDB. Além das alianças já acordadas com PP e DEM, os tucanos ainda tentam conseguir o apoio de PDT e PPS. Se essa composição for concretizada, os partidos terão de brigar entre si pelas 108 candidaturas a deputado estadual e pelas 60 a federal. "Temos um bom número de pré-candidatos, mas, como nos coligaremos a alguns partidos, seremos obrigados a diminuir esse número. Só vamos ter uma posição concreta após a definição das coligações", declarou o deputado estadual Valdir Rossoni, presidente do PSDB no Paraná. (ELG)

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