Simões e Leite faltam novamente

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Entre os três deputados estaduais citados por colegas como "invisíveis" em reportagem publicada ontem pela Gazeta do Povo, apenas um participou da sessão de ontem na Assembléia Legislativa. Cleiton Kielse (PMDB) participou das votações, enquanto Carlos Simões (PTB) e Waldir Leite (PPS) novamente não apareceram.

Em nota publicada pela assessoria de imprensa de Kielse, o parlamentar discordou da informação de que seria um dos mais faltosos. Ele afirmou que a reportagem não utilizou dados oficiais, o que é fato, já que a direção da Casa não informou à reportagem a lista de presença dos deputados.

O texto, no entanto, apontava que a assembléia não utilizava nenhum instrumento claro para controlar, muito menos para divulgar, a freqüência dos deputados. Além disso, os ausentes são beneficiados pelo Regimento Interno da Assembléia, que não estabelece qualquer tipo de punição para a falta de assiduidade.

De acordo com Kielse, ele havia faltado uma vez no dia 6 de novembro para realizar um tratamento renal – comprovado por atestado enviado à redação da Gazeta. Ontem, mesmo depois de ter passado por exames e, segundo sua assessoria, com fortes dores, o parlamentar participou da sessão na Assembléia.

Quem também alegou problemas nos rins para justificar as últimas faltas foi Carlos Simões. Nesta semana, ele compareceu apenas à sessão de terça-feira. Um dia antes, o presidente da Assembléia, Hermas Brandão (PSDB), havia dito que o salário do petebista seria descontado.

Cada deputado tem o direito a faltar sete vezes por mês, mas precisa justificar a ausência. "Ainda não recebi nenhuma justificativa", afirmou ontem Brandão, referindo-se ao caso de Simões.

Ontem, mais uma vez, o deputado Waldir Leite foi procurado para comentar o motivo de suas faltas. Dois funcionários que estavam à tarde no seu gabinete afirmaram que ele estava na Assembléia, mas não sabiam onde. À tarde, o gabinete de Simões estava fechado.