O senador Pedro Simon (PMDB-RS) fez um apelo nesta segunda-feira ao PSDB e ao PFL para que não obstruam a votação do Orçamento da União para 2006.
- Não é correto deixar de votar o Orçamento, esta é uma obrigação do Congresso Nacional - afirmou o parlamentar.
O líder da minoria no Senado, José Jorge (PFL-PE), reafirmou a determinação do seu partido de obstruir a votação do Orçamento.
A oposição quer a manutenção dos trabalhos das comissões parlamentares de inquérito dos Correios e dos Bingos, em janeiro. As declarações feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na semana passada, no Uruguai, acusando de "golpista" setores da oposição contribuiu, segundo José Jorge, para que "as negociações com a oposição fossem suspensas".
- O governo, se quiser votar o orçamento, que bote sua maioria na Câmara e no Senado, como fazíamos no governo Fernando Henrique Cardoso - afirmou o líder da minoria. José Jorge também afirmou que a oposição vai tentar aprovar, nesta terça-feira, na CPI dos Bingos, o requerimento de convocação do ministro da Fazenda, Antonio Palocci.
O ex-presidente da República e ex-presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), discorda da postura da oposição de misturar questões políticas com a votação do Orçamento da União.
- Esta é a principal tarefa do Parlamento. Qualquer divergência política entre governo e oposição não deveria atingir o Orçamento - afirmou.
Sarney ressaltou que, ao obstruir a votação do Orçamento, os congressistas acabam por abrir mão "de participar, efetivamente, da administração pública". Nesta terça-feira, os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), vão se reunir para decidir pela autoconvocação ou não do Congresso.
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