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O reajuste concedido aos comissionados do Governo Estadual abriu um precedente para que o governador Roberto Requião seja alvo de críticas e protestos. Representantes sindicais do funcionalismo acusam o governador de "adotar os princípios do neoliberalismo, prática que contesta na política econômica do governo Lula, em contradição à utopia socialista que defende em seus discursos".

O presidente da APP-Sindicato, José Lemos, deu início ao coro dos descontentes. Ele afirma que o governo estadual está tratando com descaso as outras categorias profissionais, em especial os professores, para favorecer as indicações do primeiro escalão para os cargos de confiança.

Lemos critica o aumento para os comissionados e argumenta que na Secretaria da Educação existem funcionários que ocupam esses cargos e não têm tarefa. "Existem servidores que ocupam cargos sem função. Se o governo duvidar da informação, podemos citar nomes", desafia.

De acordo com o presidente da APP, Requião está aplicando o receituário do FMI, flexibilizando os direitos trabalhistas do setor de Educação. "No final do ano passado, professores celetistas foram demitidos, sem o pagamento da multa de 40% sobre o fundo de garantia. Agora o governo abriu um concurso para contratar um novos professores sem que eles tenham os direitos trabalhistas reconhecidos e reenquadrando-os todos no nível de graduação", acusa.

Para evitar o sucateamento do ensino nas escolas estaduais, Lemos vem pedindo um plano de recuperação salarial, uma vez que o salário da categoria estaria congelado há anos. "Temos professores recebendo R$ 360,50 no início de carreira. No passado, o piso inicial era de três salários. Quando em campanha, em 2002, Requião fez promessas e não cumpriu", finaliza. (FT)

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